Na tarde de domingo, Francisco visitou uma paróquia na periferia da capital italiana
Da redação, com Rádio Vaticano
Futebol, vocação, máfia e respeito: estes foram alguns dos temas do encontro do Papa Francisco com os paroquianos da paróquia de São Pedro Damião de Acilia, município ao sul de Roma. Na tarde de domingo, o Pontífice deixou o Vaticano para visitar a 15ª paróquia na periferia da capital italiana.
Na programação do Papa, constava a celebração da missa, o encontro com as crianças e os jovens, com os assistidos pela Caritas local e com os membros do caminho neocatecumenal.
Perna de pau
Com as crianças, Francisco recordou os tempos em que jogava futebol, mas era escalado sempre para ficar no gol, pois era «pata dura» (perna de pau).
Depois, lembrou as travessias com os irmãos, de se jogar com o guarda-chuva do balcão para brincar de paraquedas. “Meu irmão está vivo por milagre”, afirmou. E falou de sua vocação, quando aos 16 anos sentiu de modo fulminante o chamado para se tornar sacerdote. Por fim, evocou o respeito por todos, mãe, pai, avós, “que fazem tantos sacrifícios”, respeito pelos bons e malvados, inclusive pelos mafiosos.
Aos neocatecúmenos, Francisco afirmou que a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração.
Depois de confessar quatro paroquianos, o Pontífice abraçou doentes, idosos e pais de crianças batizadas e celebrou a missa, como fizeram Paulo VI em 1972 e João Paulo II em 1988.
Linguagem da doçura
Em sua homilia improvisada, o Papa falou que a linguagem do cristão é uma linguagem de doçura e respeito.
“E isso pode nos ajudar a pensar em como é o nosso comportamento de cristãos: é um comportamento de doçura ou de ira? Ou amargo? É feio ver pessoas que se dizem cristãs mas são cheias de amarguras.”
E contou que, uma vez, um pároco lhe disse que alguns dos paroquianos podiam comungar da porta da Igreja, de tão comprida a língua. Alguns de vocês podem me dizer: ‘mas, padre, sempre o mesmo assunto!’. Mas é a verdade, isso nos destrói. Desculpem se insisto, mas creio que este seja o inimigo que destrói as nossas comunidades: a fofoca”.