O Santo Padre ordenou três novos bispos da Igreja Católica durante a solenidade de São José
Da redação, com Boletim da Santa Sé
“Episcopado é o nome de um serviço, não de uma honra”. Com esta frase, Francisco ordenou, na tarde desta segunda-feira, 19, três novos bispos da Igreja Católica. Monsenhor Waldemar Stanislaw Sommertag, Monsenhor Alfred Xuereb e Monsenhor Avelino José Bettencourt receberam a Ordem Episcopal durante a solenidade de São José, esposo da bem-aventurada Virgem Maria, presidida pelo Santo Padre na basílica do Vaticano.
Durante a homilia, Francisco refletiu sobre a elevada responsabilidade eclesial da ordenação surgida, por meio dos apóstolos, com o propósito de perpetuar o ministério apostólico. “Os Doze juntaram-se aos colaboradores transmitindo-os com a imposição das mãos o dom do Espírito recebido de Cristo, que conferiu a plenitude do sacramento da Ordem. Assim, através da sucessão ininterrupta de bispos na tradição viva da Igreja, este ministério primário foi preservado e o trabalho do Salvador continua e se desenvolver até nossos tempos”, observou.
Segundo o Pontífice, é preciso compreender que Cristo é quem, no ministério do bispo, continua a pregar o Evangelho da salvação e santificar os cristãos através dos sacramentos da fé. Ao aumentar o corpo da Igreja com novos membros, o Papa afirmou que Cristo prossegue sua peregrinação terrena guiando o povo de Deus para a felicidade eterna na sabedoria e na prudência do bispo.
“Aceite, portanto, com alegria e gratidão estes nossos irmãos, a quem obedecemos com a imposição das mãos, hoje associamos à faculdade episcopal. Dê-lhes a honra dos ministros e distribuidores de Cristo dos mistérios de Deus, a quem é confiado o testemunho do evangelho e o ministério do Espírito para a santificação. Lembre-se das palavras de Jesus aos Apóstolos: ‘Quem te ouve, me ouve, que te despreza, me despreza e quem me despreza, despreza aquele que me enviou’”, suscitou o Santo Padre.
Aos bispos
Aos novos bispos, Francisco pediu a reflexão acerca das escolhas de Deus. O Santo Padre afirmou que o episcopado não é para negócios, para a vida social e nem para a política, sendo o bispo mais responsável pelo serviço do que pela denominação. “Quem é o maior dentre vós, torne-se o menor, e quem governa, como aquele que serve”, citou o Pontífice.
O Papa prosseguiu, exortando os bispos a anunciarem a Palavra de Deus em todas as ocasiões – oportunas e inoportunas – e a manterem uma vida de profunda oração. “Um bispo que não ora não cumpre seu dever, não cumpre sua vocação”, alertou. Francisco seguiu pedindo aos bispos que sejam fiéis guardiões dos mistérios de Cristo, e que tenham o Bom Pastor como exemplo. “[Bom Pastor] que conhece suas ovelhas, é conhecido por elas e não hesita em dar-lhes a vida”.
“Ame com amor de pai e irmão todos aqueles a quem Deus confiar a você. Em primeiro lugar, os presbíteros e os diáconos, seus colaboradores no ministério. Proximidade aos sacerdotes, por favor: Que eles encontrem o bispo no próprio dia em que o buscam, ou, no máximo, no dia seguinte. Proximidade aos sacerdotes. Mas também a proximidade dos pobres, dos indefesos e daqueles que precisam de hospitalidade e ajuda. Incentive os fiéis a cooperarem no seu compromisso apostólico e a ouvi-los de bom grado”, solicitou o Santo Padre.
Ao final, Francisco pediu aos recém-ordenados atenção ao povo de Deus. “Faça isso em nome do Pai, cuja imagem você está fazendo presente; em nome de Jesus Cristo, seu Filho, de quem você é constituído mestre, sacerdote e pastor. E em nome do Espírito Santo, que dá vida à Igreja e com seu poder, apoia nossa fraqueza”, concluiu.