Benção Urbi et Orbi e mensagem de Natal foram dadas pelo Papa neste dia 25, no Vaticano
Denise Claro
Da redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco pronunciou, nesta terça-feira, 25, Natal do Senhor, a mensagem de Natal, e concedeu a tradicional benção Urbi et Orbi aos fiéis. A mensagem foi dada no Balcão Central da Basílica Vaticana.O Papa Francisco pronunciou, nesta terça-feira, 25, Natal do Senhor, a mensagem de Natal, e concedeu a tradicional benção Urbi et Orbi aos fiéis. A mensagem foi dada no Balcão Central da Basílica Vaticana.
O Papa iniciou sua mensagem com o jubiloso anúncio de Belém: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.” (Lc 2, 14).
Francisco lembrou que o nascimento do menino Jesus foi um grande sinal de Deus, e refletiu na grande mensagem do Natal: Deus é um Pai Bom e nós somos todos irmãos.
“Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma. Por isso, as minhas boas-festas natalícias são votos de fraternidade.”, disse o Papa.
O Pontífice recordou que o rosto de Deus se manifestou, no Natal, em um rosto humano concreto. Que Jesus apareceu não como um anjo, mas como um homem, nascido num tempo e lugar concreto, e que com sua encarnação, lembra ao mundo atual que a salvação passa pelo amor, pela hospitalidade e pelo respeito, independente de etnia, língua, e cultura.
“Então, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo; são uma riqueza. Como no caso dum artista que queira fazer um mosaico: é melhor ter à sua disposição ladrilhos de muitas cores, que de poucas. A experiência da família no-lo ensina: irmãos e irmãs são diferentes um do outro e nem sempre estão de acordo, mas há um laço indissolúvel que os une, e o amor dos pais ajuda-os a quererem-se bem. O mesmo se passa com a família humana, mas, nesta, é Deus o Pai, o fundamento e a força da nossa fraternidade.”, afirmou o Papa.
Francisco refletiu sobre as tantas situações difíceis que a geração atual vive, a nível mundial. Citou Israel e a Palestina, que há mais de setenta anos vive em conflito. Lembrou a situação da Síria e dos migrantes, o Iémen, a Coréia, a Venezuela, e as realidades da Ucrânia, da Nicarágua e da África:
“O Deus Menino, Rei da paz, faça calar as armas e surgir uma nova aurora de fraternidade em todo o Continente, abençoando os esforços de quantos trabalham para favorecer percursos de reconciliação a nível político e social.”
O Papa ainda falou, de forma geral, sobre os povos que sofrem colonizações ideológicas, culturais e econômicas, vendo dilaceradas a sua liberdade e identidade, e que sofrem por causa da fome e da carência de serviços educativos e sanitários.
“Penso de modo particular nos nossos irmãos e irmãs que celebram a Natividade do Senhor em contextos difíceis, para não dizer hostis, especialmente onde a comunidade cristã é uma minoria, por vezes frágil ou desconsiderada. Que o Senhor lhes conceda, a eles e a todas as minorias, viver em paz e ver reconhecidos os seus direitos, sobretudo a liberdade religiosa.”
Por fim, o Papa Francisco fez seus votos de Natal a todos os que vivem de forma marginalizada:
“O Menino pequenino e com frio, que hoje contemplamos na manjedoura, proteja a todas as crianças da terra e a todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas. Possamos todos nós receber paz e conforto do nascimento do Salvador e, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, reencontrarmo-nos e vivermos como irmãos!”
Após a mensagem, o Pontífice concedeu a todos a Benção Urbi et Orbi, e desejou um Feliz e Santo Natal a todos.