VIAGEM APOSTÓLICA

Em Kinshasa, Papa se encontra com líderes de obras de caridade

Em uma das maiores cidades do Congo, Francisco conversou com representantes de obras de caridade e da Nunciatura Apostólica

Da redação

Francisco em seu encontro com fiéis e representantes de obras de caridade, em Kinshasa / Foto: Reprodução Vatican Media

Nesta quarta-feira, 1º, dando sequência à sua 40ª Viagem Apostólica, desta vez em direção à República do Congo e o Sudão do Sul, o Papa Francisco se encontrou com representantes de obras de caridade em Kinshasa, capital e uma das maiores cidades da República Democrática do Congo.

Horas antes, o Papa havia se reunido com diversas vítimas da violência que assola o país africano. “Neste país, onde há tanta violência que ribomba como o estrondo duma árvore derrubada, vós sois a floresta que cresce dia a dia em silêncio e torna o ar melhor, respirável”, disse o Santo Padre aos fiéis.

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Ao início do encontro, Francisco escutou o relato de um portador de Hanseníase. No relato, lido por outra pessoa, o rapaz relata que o membro de uma paróquia o ajudou a tratar a doença, ainda que já estivesse em estágio avançado. O Santo Padre lamentou que, ainda hoje, persista o desprezo e a ignorância com relação àqueles acometidos pela doença. Em seguida, o Santo Padre foi presenteado com algumas lembranças.

Francisco ressaltou a fé e o cuidado que os responsáveis pelas obras de caridade em Kinshasa cuidam dos mais necessitados. Segundo o Pontífice, “o Senhor deve ser procurado e amado nos pobres e, como cristãos, devemos ter cuidado com nos distanciar deles, porque há algo errado quando um crente se mantém à distância dos prediletos de Cristo”.

Não à exploração

Adiante em seu discurso, o Pontífice criticou a exploração dos mais necessitados — mas enalteceu os cuidados dispensados por quem resolveu abraçá-los. “Hoje, enquanto muitos os descartam, vós abraçai-los; enquanto o mundo os explora, vós promovei-los. A promoção contra a exploração: esta é a floresta que cresce enquanto avança, violenta, a desflorestação do descarte!”, observou.

O ímpeto do Santo Padre ao notar este trabalho atruísta e dar voz ao Congo e toda a África, especialmente àqueles que não têm voz. “Como gostaria que os meios de comunicação dessem mais espaço a este país e à África inteira! Oxalá se conheçam os povos, as culturas, os sofrimentos e as esperanças deste jovem continente do futuro!”, exaltou.

As Nunciaturas Apostólicas espalhadas pelo mundo devem ser, segundo o Papa, “amplificadores da promoção humana”, como classificou. “Isto já acontece, sem alarde e há muito tempo, aqui e em muitas partes do mundo”, afirmou.

A íntegra do discurso do Papa Francisco pode ser conferida aqui. Este é o seu segundo dia na República do Congo, nesta visita que chega ao fim no próximo domingo, 5.

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