O diálogo social pressupõe o respeito pelo ponto de vista do outro, sendo uma via mestra para uma nova cultura, disse o Papa em audiência com a Academia Sueca
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 19, os membros da Academia Sueca, que anualmente concede o Prêmio Nobel de Literatura. Em seu discurso, destacou o valor do diálogo e da amizade social.
Francisco considerou que a longa crise da pandemia está colocando à prova a capacidade de dialogar com os outros, tanto por causa do confinamento quanto pelo impacto que causou nas pessoas, mesmo inconscientemente. A primeira coisa a fazer diante disso, segundo o Pontífice, é tomar consciência desta realidade que ameaça cada um; mesmo involuntariamente, esta tendência arrisca fazer o jogo da cultura da indiferença.
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O Santo Padre recordou que sua encíclica Fratelli tutti contém um capítulo dedicado ao “diálogo e amizade social”. Aos acadêmicos presentes na audiência, o Papa partilhou esta escolha do diálogo social como via mestra para uma nova cultura. O diálogo social, segundo o Papa, pressupõe a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, com sinceridade.
“Diálogo não é sinônimo de relativismo, antes, uma sociedade é mais tanto mais nobre quanto mais cultiva a busca da verdade e está enraizada nas verdades fundamentais; sobretudo quando reconhece que ‘todo ser humano possui uma dignidade inalienável’”.
Nesta base, está o chamado a promover a cultura do encontro, frisou o Pontífice. Ele concluiu o discurso citando um trecho da Fratelli tutti: “Armemos os nossos filhos com as armas do diálogo! Ensinemos-lhes a boa batalha do encontro!