No Vaticano

Em audiência, Papa recebe 400 membros da família franciscana

Pontífice agradeceu o trabalho que os franciscanos desenvolvem junto aos mais pobres e necessitados no mundo todo

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, 23, cerca de 400 membros da família franciscana da Primeira Ordem e da Terceira Ordem Regular. O Pontífice deu início ao seu discurso agradecendo aos franciscanos por todo o trabalho que desenvolvem junto aos mais pobres e necessitados.

“‘Todos, da mesma forma, sejam chamados menores’. Com esta expressão, São Francisco de Assis não fala de algo facultativo para os seus irmãos, mas manifesta um elemento constitutivo da vida e da missão de vocês”, disse o Papa à família franciscana.

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Francisco lembrou que na forma de vida franciscana, o adjetivo “menor” qualifica o substantivo “irmão”, dando ao vínculo da fraternidade uma característica e qualidade própria: “não é a mesma coisa dizer ‘irmão’ e dizer ‘irmão menor’. Por isso, falando de fraternidade é preciso considerar esta característica típica franciscana da relação fraterna que exige de vocês um relacionamento de ‘irmãos menores'”, disse o Papa.

 

O Papa destacou ainda que, uma característica da espiritualidade franciscana “é a de ser uma espiritualidade de restituição a Deus”.

“Todo o bem que existe em nós ou que nós podemos fazer é um dom Daquele que para São Francisco era o Bem, ‘todo o bem, o sumo bem’ e tudo é restituído ao ‘altíssimo, onipotente e bom Deus’. Fazemos bem através da oração, quando vivemos segundo a lógica evangélica do dom que nos leva a sair de nós mesmos para encontrar os outros e acolhê-los em nossa vida”, afirmou.

Segundo o Santo Padre, se vive o adjetivo ‘menor’ “como expressão da pobreza, que os franciscanos professam, quando se cultiva um espírito de não se apropria das relações, quando se valoriza o que há de positivo no outro, como dom que vem do Senhor; quando, especialmente, os ministros exercem o serviço da autoridade com misericórdia, conforme expressa magnificamente a carta a um ministro, a melhor explicação que nos oferece São Francisco do que significa ser menor em relação aos irmãos que nos foram confiados”.

Para o Santo de Assis, “a criação era como um livro esplêndido em que Deus nos fala e nos transmite alguma coisa sobre a beleza. A criação é como uma irmã, com a qual partilhamos a existência, e como uma mãe que nos acolhe em seus braços”.

“Hoje, esta irmã e mãe se rebela porque se sente maltratada. Diante da deterioração global do ambiente, peço a vocês para que como filhos do Pobrezinho de Assis, entrem em diálogo com toda a criação, oferecendo-lhe a sua voz para louvar o Criador, e como fazia São Francisco, tenham por ela um cuidado especial, superando todo cálculo econômico ou romantismo irracional. Colaborem com todas as iniciativas em prol do cuidado da Casa comum, recordando sempre a relação estreita entre os pobres e a fragilidade do planeta, entre economia, desenvolvimento, cuidado da criação e opção pelos pobres”, concluiu o Papa.

 

 

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