Em Assis, Papa visita monjas e corpo de Santa Clara

Às monjas, Papa Francisco falou sobre a vida contemplativa, a vivência comunitária e a alegria

Kelen Galvan
Da Redação, com colaboração de Jéssica Marçal

papa_mosteiroO Papa Francisco visitou nesta sexta-feira, 4, as monjas de clausura da Basílica de Santa Clara, durante sua visita a Assis, na Itália.

Logo na chegada, o Santo Padre dirigiu-se ao local onde está guardado, em uma cripta de vidro, o corpo de Santa Clara, encontrado intacto no século XI. Ali colocou um ramalhete de flores e fez um momento de oração em silêncio.

Em seguida, o Papa encontrou-se com as monjas que o aguardavam na Capela do Coro da Basílica, onde está guardado uma réplica do Crucifixo de São Damião.

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Papa Francisco rezou diante da cripta com o corpo de Santa Clara (Reprodução: CTV)

Após um breve momento de oração diante do crucifixo, o Santo Padre fez uma reflexão espontânea às monjas, aos cardeais do Conselho que o acompanhavam e alguns frades presentes.

Francisco agradeceu às religiosas pelo acolhimento e orações pela Igreja. E recordou que, quando uma irmã de clausura consagra toda a sua vida ao Senhor, acontece uma transformação que não se pode entender por completo.

“Na normalidade do nosso pensamento, nós sabemos que esta irmã se torna isolada, somente com o Absoluto, somente com Deus, é uma vida ascética, penitente. Mas este não é o caminho de uma irmã de clausura católica e nem cristã. O caminho passa por Jesus Cristo, sempre. Jesus Cristo está no centro da vossa vida, da vossa penitência, da vossa vida comunitária, da vossa oração”, explicou.

O Santo Padre disse ainda que quando as irmãs prosseguem pelo caminho da contemplação de Jesus Cristo e pela oração, elas se tornam grandemente humanas. “As irmãs de clausura são chamadas a terem grande humanidade, uma humanidade como aquela da Mãe Igreja, que entende todas as coisas da vida, pessoas que sabem entender os problemas humanos, que sabem perdoar, pedir ao Senhor pelos outros”, complementou.

E o sinal de uma irmã assim “humana” é a alegria, afirmou o Papa Francisco. “A mim dá tristeza quando encontro irmãs que não são alegres, talvez sorriem, mas aquele sorriso de uma assistente de voo, hein! Mas não com o sorriso da alegria, daquela que vem de dentro”.

papa_mosteiro2Por fim, Francisco reforçou suas palavras, sobre a contemplação e a vida comunitária: “a contemplação sempre, sempre com Jesus, Deus e Homem. E a vida de comunidade, sempre com um coração grande, hein! (…) E o sinal é a alegria. E eu peço para vocês esta alegria que nasce propriamente da verdadeira contemplação e de uma bela vida comunitária”.

Depois pediu às monjas que não se esqueçam de rezar por ele. E concedeu sua benção apostólica.

Antes de deixar o mosteiro, o Santo Padre cumprimentou as monjas, uma a uma. E ouviu um canto entoado por elas.

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