Em sua reflexão dominical, o Papa falou sobre a comunhão com Cristo e o amor ao próximo que ela desperta
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Em sua habitual oração mariana do Regina Coeli neste quinto domingo, 29, o Papa Francisco refletiu acerca da comunhão que devemos manter com Jesus Cristo enquanto fiéis. O Santo Padre fez uma analogia entre a videira e seus ramos quando comentou a fé cristã.
“A videira é uma planta que forma o todo com os ramos, e os ramos são fecundos somente se unidos à videira. Esta relação é o segredo da vida cristã”, explicou o Sucessor de Pedro. “O Evangelista João a exprime por meio do verbo ‘permanecer’. Que na passagem de hoje se repete sete vezes. Permanecer em mim, permanecer no Senhor. Trata-se de permanecer no Senho para podermos sair de nós mesmo”, ponderou.
Quando menciona esta formulação, “sair de nós mesmos”, Francisco alude às necessidades do outro e ao testemunho cristão no mundo. “Esta coragem de sair, de entrar nas necessidades do outro, nasce na fé do Senhor ressuscitado e na certeza de que Seu espírito acompanha nossa história”, refletiu.
Esta uniformidade com o Filho de Deus fomenta o amor ao próximo, segundo o Papa. “Amar ao irmão com abnegação a si mesmo e até as últimas consequências”, alerta Francisco. “O dinamismo da caridade do crente não é fruto de estratégias, não nasce de solicitações externas, de instâncias externas ou ideológicas, mas nasce do encontro com Jesus e de permanecer Nele”, acrescentou.
E este ato de comungar com Cristo nos chama a ser santos. “Todos nós somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo cada um o seu próprio testemunho das ocupações de cada dia. Todos nós somos chamados a ser santos. Devemos ser santos com esta riqueza que recebemos do Nosso Senhor ressuscitado”, disse.
E esta vontade de ser santo deve ser refletida em no dia a dia, no cotidiano, não importa a atividade exercida. “Toda a atividade de trabalho, na vida familiar e social, no exercício de responsabilidades políticas, culturais e econômicas, todas as atividades, sejam pequenas ou grandes”, declarou. “Nossa vida é Cristo vivo, presenta na Igreja e no mundo”, findou.
Ao final deste Regina Coeli, o Papa Francisco elogiou o encontro das Coreias do Norte e Sul a fim de interromperem os testes nucleares na região. “Acompanho com oração o êxito positivo da cúpula intercoreana e o corajoso compromisso assumidos pelos líderes das duas partes para um diálogo sincero, para uma península coreana livre das armas nucleares. Peço ao Senhor para que as esperanças de um futuro de paz e fraterna amizade não sejam desiludidas. E para que a colaboração possa prosseguir, produzindo frutos de bem para o amado povo coreano”, aclamou o pontífice.