Francisco recebeu representantes do Movimento dos Focolares reunidos em Assembleia no Vaticano
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 26, participantes da Assembleia Geral do Movimento dos Focolares, que há poucos dias confirmou Maria Voce como sua presidente. Aos focolarinos, Francisco falou de três ações, em especial: contemplar, sair e fazer escola.
O Papa mencionou o carisma desta obra, que é o carisma da unidade que Deus quer doar à Igreja e ao mundo para cumprir a profecia de Jesus: “para que todos sejam um”.
Expressando seu reconhecimento ao testemunho dado pela fundadora do movimento, Chiara Lubich, Francisco falou da tarefa que os focolarinos têm hoje: oferecer, com responsabilidade e criatividade, sua peculiar contribuição para esta nova etapa da evangelização.
Francisco também destacou três ações importantes para o Movimento e para aqueles que partilham desses ideais. A primeira delas foi contemplar Deus e as maravilhas do seu amor, uma necessidade presente hoje mais do que nunca.
“Contemplar significa também viver na companhia com os irmãos e as irmãs, partilhar com eles o Pão da comunhão e da fraternidade (…) Encorajo-vos a permanecerem fiéis a este ideal de contemplação, a perseverarem na busca da união com Deus e no amor”.
O segundo ponto importante é, segundo o Papa, “sair”, ação que exprime o movimento da evangelização. É com Jesus que se aprende essa dinâmica do êxodo, da doação, do sair de si mesmo, caminhar e semear para comunicar o amor de Deus a todos.
Esta é uma tarefa que requer diálogo, ressaltou o Pontífice. “Precisamos sair! Porque – disse isso outras vezes – a Igreja parece um hospital de campanha. E quando se vai a um hospital de campanha, o primeiro trabalho é curar as feridas, não fazer dosagem do colesterol…isto virá depois…Está claro?”.
Retomando o convite feito por João Paulo II para que a Igreja se tornasse “casa e escola de comunhão” (na carta apostólica Novo millennio ineunte, n.43), Francisco falou aos focolarinos sobre a necessidade de “fazer escola”.
“É preciso formar, como exige o Evangelho, homens e mulheres novos e para tal finalidade é necessária uma escola de humanidade na medida da humanidade de Jesus (…) Sem uma adequada obra de formação das novas gerações, é ilusório pensar poder realizar um projeto sério e duradouro a serviço de uma nova humanidade”.
Francisco concluiu seu discurso aos presentes retomando uma expressão sempre usada por Chiara Lubich, sobre a necessidade de formar “homens-mundo”: homens e mulheres com alma, coração e mente de Jesus, e por isto mesmo capazes de reconhecer e interpretar as necessidades do coração de cada homem.
“Desejo que esta vossa Assemleia leve a frutos abundantes e vos agradeço pelo vosso empenho generoso”.