Matteo Bruni falou sobre a próxima viagem do Santo Padre à República do Congo, que será realizada entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro
Da redação, com Vatican News
Matteo Bruni, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante uma coletiva pré-viagem apostólica na manhã desta terça-feira, 24, fez um resumo detalhado da visita do Papa à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, uma visita que o Sucessor de Pedro foi forçado a adiar em julho passado devido a problemas em seu joelho.
Bruni observou que o Santo Padre visitará a República Federativa do Congo de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e depois passará dois dias no Sudão do Sul com o arcebispo de Canterbury e o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia em uma peregrinação ecumênica pela paz antes de retornar ao Vaticano.
40ª Viagem Apostólica
Esta viagem, acrescentou Bruni, será a 40ª visita apostólica do Papa Francisco ao exterior. Ao final, terá visitado 60 países.
O Santo Padre vai para o Congo seguindo os passos do Papa São João II, que visitou o país em 1980 e 1985. À época, tratava-se de um país muito diferente, explicou Bruni, uma ex-colônia belga chamada Zaire. Bruni também observou que a visita do Papa polonês foi a primeira viagem papal ao continente africano desde a visita de São Paulo VI a Uganda, em 1969.
Assim, acrescentou, esta é a 20ª visita papal à África, a 4ª do Papa Francisco que se deslocou ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana em 2015, a Marrocos em março de 2019 e, posteriormente, a Moçambique, Madagáscar e Maurícias no mesmo ano.
A África, continuou Bruni, é onde vivem cerca de 20% dos católicos do mundo, e essa porcentagem segue crescendo.
Bruni descreveu a vitalidade da Igreja Católica na África, o grande número de jovens católicos, e destacou como o Papa Francisco dedica muito pensamento e orações à África, como testemunham suas mensagens, apelos e atenções constantes.
Mudanças na programação original
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé explicou que houve mudanças no itinerário originalmente planejado do Papa na RDC, onde ele deveria visitar Goma, em Kivu do Norte, uma região particularmente volátil. Como a violência continua a devastar partes da província, essa parada foi cancelada.
“Não porque temesse por si mesmo”, disse Bruni, mas porque queria ter certeza de que ninguém correria o risco de ser atacado enquanto se reunisse para ver o Papa ou celebrasse a missa com ele.
O Pontífice há muito deseja viajar para o Sudão do Sul predominantemente cristão, mas a situação instável no país complicou os planos para uma visita.
Bruni recordou o retiro espiritual que organizou no Vaticano em abril de 2019 para líderes do Sudão do Sul e autoridades eclesiásticas do Sudão do Sul, durante o qual ajoelhou-se aos pés deles e implorou que dessem uma chance à paz e fossem pais dignos da nação.
Um acordo de paz foi assinado no país mais jovem do mundo em 2018, pondo fim a uma guerra civil de cinco anos que matou 400 mil pessoas. Mas os conflitos políticos, a pobreza, a inimizade étnica e as mudanças climáticas continuam a devastar as pessoas que sofrem com a fome, a violência e a falta de governança.