Papa Francisco mencionou o Dia da Memória das vítimas do Holocausto ontem, e cumprimentou sobrevivente após a Audiência Geral
Da redação
Nesta quinta-feira, 27, é comemorado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A data faz referência à liberação, pelas tropas soviéticas, do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão de Auschwitz em 1945 e foi definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Uma cerimônia em homenagem às vítimas foi prestada no Parlamento Federal Alemão, em Berlim, com a presença de sobreviventes.
Após a catequese de ontem, o Papa Francisco mencionou a data:
“Devemos recordar o extermínio de milhões de judeus e de pessoas de diferentes nacionalidades e credos religiosos. Essa crueldade indescritível não deve voltar a repetir-se! Apelo a todos, especialmente educadores e famílias, para que fomentem nas novas gerações uma consciência do horror desta página obscura da história. Não deve ser esquecida, para que possamos construir um futuro no qual a dignidade humana não volte a ser espezinhada.”
Encontro com sobrevivente
O pontífice se encontrou novamente, nesta quarta-feira, 26, com Lídia Maksymowicz, polonesa de origem bielorrussa, sobrevivente de Auschwitz. Na primeira vez que se encontraram, Lídia saudou Francisco que se abaixou para beijar o número tatuado em seu braço, após 77 anos, do horror vivido: “70072”.
“O beijo do Santo Padre me fortaleceu e me reconciliou com o mundo”, disse Maksymowicz em entrevista ao Vatican News.
Visita do Papa a Auschwitz
Quando viajou à Polônia em 2016 para a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco visitou os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, no dia 29 de julho. Na ocasião, o Santo Padre não fez discurso: em silêncio e oração, refletiu sobre o sofrimento humano, recordando tantas vidas tiradas nesses campos durante o regime nazista.
Ao fim da visita, assinou o livro de honra, onde escreveu as seguintes palavras, em espanhol: “Senhor, tenha piedade do Seu povo! Senhor, perdão por tanta crueldade”.
Antes disso, em 2014, quando visitou a Terra Santa, Francisco esteve no memorial de Yad Vashem – Memorial do Holocausto, local que contém algumas urnas com cinzas de vítimas de vários campos de extermínio. O Papa colocou uma coroa de flores e, na presença de alguns sobreviventes da perseguição nazista, fez um breve pronunciamento, pedindo a Deus a graça de “nos envergonharmos” do que, como homens, “fomos capazes” de cometer.