Desemprego é fruto da glorificação do dinheiro, afirma Papa

Dirigindo-se a cerca de sete mil funcionários de siderúrgicas, Santo Padre destacou que ter o dinheiro como ídolo é a causa de muitas dificuldades atuais

Da Redação, com Rádio Vaticano

papa_desempregoO problema do desemprego foi o tema do discurso que o Papa Francisco dirigiu, nesta quinta-feira, 20, a cerca de sete mil funcionários de siderúrgicas da região italiana da Úmbria – que atravessam uma grave crise que levou a demissões em massa.

Aos provenientes, em especial da Diocese de Terni, o Pontífice recordou que as dificuldades atuais são causadas por um sistema econômico incapaz de criar emprego, porque coloca, no centro, um ídolo: o dinheiro. “É preciso adotar uma posição diferente, baseada na justiça e na solidariedade”.

Perante a atual evolução da economia, o Papa reafirmou a importância do trabalho, que constitui uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos.

“O trabalho não tem apenas uma finalidade econômica e de lucro, mas, sobretudo, uma finalidade que diz respeito ao homem e à sua dignidade. Se faltar o trabalho, fere-se esta dignidade”.

Ele enfatizou ainda que a fase de grave dificuldade e desemprego tem que ser enfrentada com os instrumentos da criatividade e da solidariedade. É preciso adotar um estilo de vida mais sóbrio para ajudar os que passam por dificuldades.

Na parte final do seu discurso à peregrinação de Terni, o Santo Padre dirigiu-se especialmente aos fiéis da diocese, sublinhando “o empenho primário” de reavivar as raízes da fé e da adesão a Jesus Cristo. Uma fé que seja “viva e vivificante”.

“É aqui que está o princípio inspirador das opções de um cristão: a sua fé. A fé move montanhas! Uma fé acolhida com alegria, vivida a fundo e com generosidade, pode conferir à sociedade uma força humanizante.”

O Papa concluiu exortando-nos a continuar sempre a “esperar um futuro melhor”, sem cair no “vórtice do pessimismo”. Se cada um fizer a parte que lhe toca, consolidando uma atitude de solidariedade e partilha fraterna, há de se conseguir “sair do pântano de uma fase econômica e laboral árdua e difícil”.

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