Homilia

Deixar espaço para o Espírito de Deus e expulsar o do mundo, pede Papa

Em Missa nesta manhã, Francisco reafirmou a necessidade de fiéis vencerem as tentações, como fez Jesus

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante celebração nesta terça-feira, 4/ Foto: Vatican Media

“Existem dois espíritos, duas modalidades de pensar, de sentir, de agir: o que me leva ao Espírito de Deus e o que me leva ao espírito do mundo. (…) Na vida cristã se deve combater para deixar espaço ao Espírito de Deus e expulsar o espírito do mundo”. Foi o que destacou o Papa Francisco, durante missa celebrada na manhã desta terça-feira, 4, na Casa Santa Marta.

O ponto de partida das reflexões do Pontífice foi a Primeira Leitura, em que o apóstolo Paulo ensina aos Coríntios o caminho para ter o pensamento de Cristo, caminho esse marcado pelo abandono ao Espírito Santo. “De fato, é o Espírito Santo que nos leva a conhecer Jesus, a ter os seus mesmos sentimentos, a compreender o coração”, pontuou. Francisco recordou que o homem deixado às suas forças não compreende as coisas do Espírito e que possui o espírito de Deus e o espírito do mundo.

O Espírito de Deus leva a humanidade, de acordo com Francisco, às boas obras, à caridade, à fraternidade, a adorar Deus, a conhecer Jesus, a fazer obras boas de caridade, a rezar. E o espírito do mundo, leva em direção à vaidade, ao orgulho, à suficiência e à fofoca. “O nosso coração – dizia um santo — é como um campo de batalha, um campo de guerra onde esses dois espíritos combatem”, comentou.

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Para uma boa escolha, o Santo Padre afirmou que é preciso vencer as tentações, como fez Jesus. Um exame de consciência diário, foi o que sugeriu o Pontífice, na ajuda da identificação das tentações, e no esclarecimento de como atuam as forças contrapostas. “É muito simples: temos este grande dom, que é o Espírito de Deus, mas somos frágeis, somos pecadores e temos também a tentação do espírito do mundo. Neste combate espiritual, nesta guerra do espírito, é preciso ser vencedores como Jesus”.

Todas as noites, concluiu o Papa, o cristão deve repensar o dia transcorrido para verificar se prevaleceu a vaidade e a soberba ou se conseguiu imitar o Filho de Deus. “Conhecer o que acontece no coração. Se nós não fizermos isso, se nós não soubermos o que acontece no nosso coração – e isso não o digo eu, o diz a Bíblia – somos como os animais que não entendem nada, vão avante com o instinto. Mas nós não somos animais, somos Filhos de Deus, batizados com o dom do Espírito Santo. (…) Que o Senhor nos ensine a fazer sempre, todos os dias, o exame de consciência”, finalizou.

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