Homilia do Papa

Como viver bem o hoje, reflete o Papa na Missa desta quinta

Francisco falou sobre o hoje que não se repete e sobre ter o coração aberto ao Senhor

Da redação, com Rádio Vaticano

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Na Missa matutina desta quinta-feira, 12, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco exortou os fiéis a terem o coração aberto ao Senhor e não endurecido, sem fé.

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. A homilia do Santo Padre Francisco foi inspirada na primeira leitura (cf. Hb 3,7-14) e se desenvolveu em torno de duas palavras: “hoje” e “coração”.

O Papa explicou que o “hoje” do qual fala o Espírito Santo é a vida de cada pessoa, um hoje repleto de dias, do qual não haverá “replay”. “Um hoje no qual recebemos o amor de Deus, a promessa de Deus de encontrá-lo, um hoje no qual podemos renovar a nossa aliança com a fidelidade de Deus”, enfatizou.

Nesse sentido, o Pontífice falou sobre a tentação de dizer “sim, farei amanhã”, pois há “um só hoje” na vida.

“Eu digo isso não para assustar, mas simplesmente para dizer que a nossa vida é um hoje: hoje ou nunca. Eu penso nisto. O amanhã será o amanhã eterno, sem anoitecer, com o Senhor, para sempre. Se eu sou fiel a este hoje. E a pergunta que lhes faço é esta que faz o Espírito Santo: ‘Como eu vivo este hoje?'”, afirmou.

Coração

A segunda palavra que é repetida na leitura é “coração”. Francisco explica que é com o coração, de fato, que encontra-se o Senhor, e o próprio Jesus repreendeu as pessoas muitas vezes dizendo “tardos de coração”.

“No nosso coração se joga o hoje. O nosso coração é aberto ao Senhor? Sempre me impressiona quando encontro uma pessoa idosa – muitas vezes sacerdotes ou freirinhas – que me dizem: ‘Padre, reze pela minha perseverança final’ – ‘Mas viveu bem toda a vida, todos os dias do seu hoje foram no serviço do Senhor, mas tem medo …?’ – ‘Não, não: a minha vida ainda não findou: eu gostaria de vivê-la plenamente, rezar para que o hoje chegue pleno, pleno, com o coração firme na fé, e não destruído pelo pecado, pelos vícios, pela corrupção…”.

Portanto, o Papa exorta a interrogar-nos sobre o nosso “hoje” e sobre o nosso coração.
“O ‘hoje’ não se repete: é esta a vida. O coração é aberto ao Senhor, não fechado, não endurecido, não sem fé, não perverso, não seduzido pelo pecado. O Senhor encontrou tantas pessoas que tinham o coração fechado: os doutores da Lei, todos os que o perseguiam, que o colocavam à prova para condená-lo… até que conseguiram. Voltemos para as nossas casas somente com estas duas perguntas: como está o meu hoje? O ocaso pode ser hoje mesmo, neste mesmo dia ou em tantos outros. Mas, como está o meu hoje na presença do Senhor? O meu coração, como está? Está aberto? Está firme na fé? Ele se deixa conduzir pelo amor do Senhor? Com estas duas perguntas peçamos ao Senhor a graça da qual cada um de nós necessita”, concluiu.

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