Em Missa na Suécia no Dia de Todos os Santos, Papa falou dos santos de hoje e propôs novas bem-aventuranças para a época atual
Jéssica Marçal
Da Redação
Antes de deixar a Suécia nesta terça-feira, 1º, Solenidade de Todos os Santos, o Papa Francisco presidiu a Missa para a pequena comunidade católica do país no estádio de Swedbank, em Malmo. Enfatizando que o chamado à santidade é para todos, o Santo Padre falou do exemplo dos santos e beatos de hoje, pessoas comuns que vivem plenamente a fé.
“Os santos nos encorajam com sua vida e sua intercessão junto a Deus e nós precisamos uns dos outros para nos tornarmos santos, para nos ajudarmos a tornar santos”.
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Francisco recordou que nesta solenidade não se recordam apenas os que foram proclamados santos ao longo da história, mas também aqueles que viveram sua vida cristã na plenitude da fé e do amor através de uma existência simples e escondida. “Seguramente, entre esses, estão muitos dos nossos parentes, amigos, conhecidos”.
Esta é, então, a festa da santidade, disse o Papa. Uma santidade que às vezes não se manifesta em grandes obras, mas que sabe viver fielmente e cotidianamente as necessidades do batismo. “Uma santidade feita de amor por Deus e pelos irmãos. Amor fiel ao ponto de se esquecer de si mesmo e doar-se totalmente aos outros, como a vida daquelas mães e daqueles pais que se sacrificam por suas famílias sabendo renunciar voluntariamente, embora não seja sempre fácil, a tantas coisas, a tantos projetos ou programas pessoais”.
O Santo Padre destacou a felicidade como uma característica dos santos. Ele explicou que os santos descobriram o segredo da felicidade autêntica que tem como fonte o amor de Deus. Por isso mesmo os santos são chamados bem-aventurados, destacou Francisco.
Assim também os fiéis de hoje são chamados a ser bem-aventurados e seguidores de Jesus, disse o Papa, indicando novas situações para viver com espírito renovado e sempre atual.
“Bem-aventurados aqueles que suportam com fé os males que lhe infligem e perdoam de coração; bem-aventurados os que olham nos olhos dos descartados e marginalizados mostrando a eles proximidade; bem-aventurados aqueles que reconhecem Deus em cada pessoa e lutam para que também outros o descubram; bem-aventurados aqueles que protegem e cuidam da casa comum; bem-aventurados os que renunciam ao próprio bem pelo bem dos outros; bem-aventurados os que rezam e trabalham pela plena comunhão dos cristãos”.