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Catequeses sobre discernimento: vigilância é sinal de sabedoria, diz Papa

Papa segue no ciclo de catequeses sobre o discernimento; hoje, concentrou-se na importância da vigilância

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco fala aos fiéis na Sala Paulo VI / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

A vigilância foi o ponto central da reflexão do Papa Francisco na catequese desta quarta-feira, 14. Dando sequência às catequeses sobre discernimento, Francisco ressaltou a necessidade de humildade e vigilância para que o discernimento tenha um bom êxito.

No ciclo sobre o discernimento, o Papa começou com o exemplo de Santo Inácio de Loyola, passou pelos elementos do discernimento – a oração, o conhecimento de si, o desejo e o livro da vida – e pela meditação sobre a desolação e a consolação.

“Nesta altura, considero necessário incluir a atenção a uma atitude essencial, a fim de que não se perca todo o trabalho levado a cabo para discernir o melhor e tomar a boa decisão: a atitude da vigilância”.

Francisco advertiu os fiéis sobre o risco do “desmancha-prazeres”, ou seja, do Maligno querer arruinar tudo, fazendo voltar ao ponto de partida ou a uma condição ainda pior. Por isso é indispensável ser vigilante.

O próprio Jesus insiste, em suas pregações, que o bom discípulo é vigilante, recordou Francisco. Se faltar vigilância, há o risco de que tudo se perca, de cair na cilada ao se sentir muito seguro de si próprio quando tudo corre bem. Aqui, o Papa citou o exemplo da parábola evangélica narrada por Mateus (Mt 12,44), em que o espírito impuro volta à casa de onde tinha saído e encontra tudo no lugar, mas o dono da casa não está presente.

“Não está vigilante, não está atento, pois sente-se demasiado seguro de si mesmo e perdeu a humildade de salvaguardar o próprio coração”. Isso faz com que o espírito maligno aproveite e regresse àquela casa. “O Evangelho diz que não regressa sozinho, mas com ‘outros sete espíritos piores do que ele’ (v. 45). Uma companhia de malfeitores, um bando de bandidos”.

Sempre vigiar o coração

Francisco explicou que isso pode acontecer porque o dono da casa apaixonou-se demais por ela e por si próprio e deixou de esperar o Senhor. Ou seja, isso tem a ver com o mau orgulho, com a confiança demasiada em si próprio e não na graça de Deus. “Então, o Maligno encontra a porta aberta”, alertou.

Concluindo a catequese, o Pontífice frisou que não basta fazer um bom discernimento, é preciso permanecer vigilante, vigiar o coração.

“Se eu perguntasse a cada um de vocês e a mim mesmo: ‘o que está acontecendo no teu coração?’ Talvez não possamos dizer tudo: diríamos uma ou duas coisas, mas não tudo. Vigiar o coração, porque a vigilância é sinal de sabedoria, é, acima de tudo, sinal de humildade, porque temos medo de cair e a humildade constitui a via mestra da vida cristã”.

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