No Angelus, Francisco destacou que quem quer ser discípulo de Cristo é chamado a imitá-Lo, entregando sua vida sem reservas por amor a Deus e ao próximo
Da redação, com VaticanNews
Na oração do Angelus deste domingo, 30, o Papa Francisco refletiu sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a própria cruz”. O Santo Padre discorreu sobre o Evangelho de Mateus quando Jesus, pela primeira vez, falou aos seus discípulos sobre o final que o espera na Cidade Santa:
“Diz que terá que ‘sofrer muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia’”, citou.
A reação dos discípulos a esta predição é considerada imatura por Jesus: “Ainda têm uma fé imatura e muito ligada à mentalidade deste mundo”. Eles não querem que Jesus passe por isso.
“Para Pedro e os outros discípulos – mas também para nós! – a cruz é um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera um ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para nossa salvação”
Tomar a própria cruz
Jesus, continua Francisco, aponta o caminho do verdadeiro discípulo mostrando duas atitudes: “A primeira é ‘renunciar a si mesmo’, o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz” . Explicando que “não se trata apenas de suportar pacientemente as tribulações diárias, mas de carregar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço e do sofrimento que a luta contra o mal implica”.
O Papa aprofunda este ponto exortando: “Façamos com que a cruz pendurada na parede de casa ou a pequena que usamos no pescoço seja um sinal de nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço a nossos irmãos com amor, especialmente os pequenos e mais frágeis”.
Jesus crucificado, verdadeiro Servo do Senhor
Em seguida, recorda ainda que a cruz é sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou uma joia ornamental.
“Toda vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu Sua missão dando a vida, derramando Seu sangue para a remissão dos pecados”
Por fim ensina que “se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.