Sete anos após o início da guerra no Iêmen, o preço pago pela população é cada vez mais alto; disse Paolo
Da Redação, com Vatican News
Foto: Reprodução Reuters
O assessor político da Oxfam Paolo Pezzati confirmou, nesta segunda-feira, 28, o quadro do país árabe Iêmen com alto índice de catástrofe humanitária após sete anos de guerra.
Nos últimos dois anos, os efeitos da pandemia, e agora o conflito da Ucrânia, tem deixado o país em um contexto dramático, onde mais de quatro milhões de pessoas foram deslocadas à força, e os alimentos estão cada vez mais escassos.
Após a pandemia, o conflito ucraniano
Além da falta de alimentos e água, uma grande quantidade de bombas chovem do céu sem parar. Existe também os efeitos da pandemia que ajudaram no aumento do preço dos alimentos. Uma tragédia que une dois países na dor e no sofrimento, aparentemente distantes.
É urgente parar o conflito
Mais um ano de guerra traria sofrimento inimaginável para trinta milhões de iemenitas.
“Se as partes em guerra não depuseram suas armas no futuro imediato e a comunidade internacional não aumentar sua ajuda, dois terços da população estarão em grave insegurança alimentar até o final do ano”, acrescentou Paolo Pezzati
A pedido da ONU, a comunidade internacional disponibilizou apenas 30% para responder à emergência em 2022. No ano passado, faltaram mais de setecentos milhões de dólares em ajudas internacionais e neste ano, ainda faltam três bilhões de dólares.
Parar de investir em armamentos
O escândalo da venda de armas a países em guerra e o aumento das verbas militares denunciado pelo Papa Francisco assume uma dimensão desconcertante no Iêmen.
“É difícil pensar que em apenas um dia na Itália as forças políticas se mostraram dispostas a acrescentar mais 13 bilhões de euros aos 25 bilhões de euros já inscritos no orçamento para gastos militares, quando o compromisso de destinar 0,70% do PIB para a cooperação internacional não pode ser cumprido”, afirmou.
O testemunho de uma criança iemenita
“Se os dados sobre a guerra no Iêmen não conseguem sensibilizar a opinião pública, talvez o testemunho que ouvimos de uma criança que vive em um campo de refugiados da Oxfam possa tocar”, pontuou o assessor.
E por fim, a criança relata que vive com medo constante de que o campo seja atacado. Durante a noite, ela acorda e fica temerosa pela sua família.
Notícias Relacionadas
Ucrânia: refugiados são presas fáceis para traficantes
Recordando o momento extraordinário de oração pelo fim da pandemia
Abolir a guerra antes que a humanidade acabe, pede Francisco
Papa no Angelus: 'Recebamos a misericórdia de Deus de coração aberto'
Krajewski entrega ambulância doada e abençoada do Papa Francisco
