Devido ao longo voo, não estão previstos compromissos oficiais nesta terça-feira, 3; Além da Indonésia, Santo Padre vai visitar a Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura
Da redação, com Vatican News
O Papa já se encontra em Jacarta, depois de 13 horas de voo. Às 11h19 locais, o voo da Ita Airways aterrissou no Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta da capital indonésia, a primeira etapa da viagem à Ásia e Oceania.
Ao deixar a aeronave, o Pontífice foi acolhido pelo Ministro dos Assuntos Religiosos e por duas crianças em trajes tradicionais, segurando flores. Após a saudação das delegações e da Guarda de Honra, o Santo Padre se dirigiu à Nunciatura Apostólica, onde se encontrou com um grupo de doentes, migrantes e refugiados acompanhados pela Comunidade de Santo Egídio e pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados.
Devido à distância, não estão previstos compromissos oficiais nesta terça-feira, 3.
Voo papal
Durante o voo, Francisco saudou pessoalmente os cerca de 80 jornalistas a bordo. “Agradeço a vocês por ter vindo a esta viagem. Obrigado por sua companhia, acho que esta é a viagem mais longa que já fiz”, disse o Pontífice.
O Papa recebeu alguns presentes, sendo um deles uma tocha usada pelos migrantes para serem interceptados durante a travessia do Mediterrâneo. O objeto foi entregue por Clément Melki, correspondente da agência francesa AFP, enviado por 15 dias para acompanhar o trabalho da ONG Mediteranea Saving Humans a bordo do navio “Mar Jonio”. “Isso está no meu coração”, respondeu Francisco.
Da jornalista da emissora espanhola Radio Cope, Eva Fernández, o Santo Padre recebeu uma mensagem da família do jovem Mateo, um menino de 11 anos de um vilarejo próximo a Toledo, Mocejon. Mateo foi morto em 18 de agosto passado durante um jogo de futebol com seus amigos. Inicialmente, migrantes foram acusados pelo crime, que depois se descobriu ter sido praticado por um colega com problemas mentais. Eva Fernández deu ao Papa o uniforme do time, uma camiseta vermelha com o número 11, que foi abençoada pelo mesmo.
Mensagem aos chefes de Estado dos países sobrevoados
Uma mensagem do Papa foi dirigida a chefes de Estado de 11 países sobrevoados: a começar pela própria Itália e depois Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia. Ao deixar o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Fiumicino, na grande Roma, Francisco enviou um telegrama ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, prestes a partir para a viagem onde irá encontrar os “irmãos na fé e todos aqueles que, naquelas nações ricas em valores humanos e espirituais, foram testemunhas da comunhão solidária e do diálogo, mesmo em tempos e situações marcados pela provação”. A saudação ao presidente e ao povo italiano veio acompanhada de cordiais votos de paz e prosperidade.
Os outros telegramas foram dirigidos em língua inglesa, primeiro ao presidente da República da Croácia, Zoran Milanović, em Zagreb. Francisco disse rezar pelo povo e “invocou bênçãos de sabedoria e unidade” sobre a nação.
Ao sobrevoar o espaço aéreo da Bósnia-Herzegovina no início da viagem apostólica à Indonésia, Francisco se dirigiu ao presidente Denis Bećirović em Sarajevo: assegurou oração e invocou sobre o país as bênçãos de “paz e saúde”.
Já ao presidente da República da Sérvia em Belgrado, Aleksandar Vučić, enviou saudações aos cidadãos e disse rezar “para que Deus Todo-Poderoso abençoe generosamente a nação com os dons da solidariedade e da paz”. Ao presidente de Montenegro, Jakov Milatović, Francisco recordou com alegria da visita do chefe de Estado no Vaticano no início do ano e disse que reza para que a nação “possa desfrutar de harmonia e paz fraternas”.
Ao sobrevoar a Bulgária, o Pontífice saudou o presidente em Sófia, Rumen Radev, e também lembrou com carinho da recente visita do chefe de Estado no Vaticano, assegurando “orações pela prosperidade da nação”.
Já ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, em Ancara, o Papa recordou do recente encontro na Itália com o chefe de Estado, durante o summit do G7. O Santo Padre escreveu ainda que reza ao povo do país, invocando “abundantes bênçãos divinas”. Ao sobrevoar o Irã, Francisco saudou o presidente do país, Masoud Pezeshkian, em Teheran, e toda a população, rezando para que Deus “abençoe abundantemente o país com o dom da paz”.
Ao sobrevoar a República Islâmica do Paquistão, o Papa enviou um telegrama ao presidente em Islamabad, Asif Ali Zardari, dizendo rezar “para que a nação seja abençoada com fraternidade e paz”. Já através da presidente Droupadi Murmu da República da Índia, em Nova Delhi, o Papa saudou o povo indiano, rezando “para que o Todo-Poderoso conceda abundantes bênçãos de paz e saúde”.
Por fim, antes de chegar à Jacarta, na Indonésia, Francisco enviou um telegrama ao sultão Ibrahim Iskandar, o 17º monarca da Malásia, dizendo: “assegurando-lhes minhas orações pelo bem-estar da nação, invoco sobre todos vocês as bênçãos divinas da unidade e da paz”.