Após o Angelus, Francisco falou sobre as graves desordens que agitam o país africano e convidou os responsáveis a restabelecerem a concórdia
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco voltou a rezar o Angelus da janela do apartamento pontifício, entristecido pela violência na África do Sul. A situação se soma a tantos outros dramas ao redor do mundo, faz seu apelo:
“Nesta última semana, chegaram, infelizmente, notícias de episódios de violência que agravaram a situação de tantos de nossos irmãos na África do Sul, já atingidos por dificuldades econômicas e de saúde, devido à pandemia”.
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No contexto desta crise sul-africana – que une em uma espiral de violência Joanesburgo a muitas outras localidades, incluindo Durban e o bairro Mandela, Soweto – se entrelaçam as consequências e o descontentamento por um mosaico de insegurança e pobreza: do desemprego à escassez de comida e medicamentos, sem falar nos ressentimentos políticos.
Assim, Francisco apelou pedindo união com o episcopado local, por uma mudança radical de rumo:
“Junto com os bispos do país, dirijo um premente apelo a todos os responsáveis envolvidos para que trabalhem pela paz e colaborem com as autoridades na assistência aos necessitados. Que não seja esquecido o desejo que guiou o povo sul-africano a renascer na concórdia entre todos os seus filhos”.
Graves desordens
O próprio presidente Ramaphosa da África do Sul falou que esta é a pior crise interna desde os anos 1990. É uma África do Sul que arde em meio a saques, prisões, desordens em cadeia, confrontos entre manifestantes e policiais e muitas, muitas mortes, mais de 200.
O estopim de tamanha violência foi a prisão do ex-presidente Jacob Zuma em 7 de julho. Ao mesmo tempo, a África do Sul está sob observação especial devido aos contágios de Covid-19. Nessa região, desenvolveu-se uma das variantes mais estudadas do vírus.