Ao recitar o Angelus motivado pela Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, Francisco destaca serviço e louvor como meios para “subir cada dia mais alto”
Da Redação, com Vatican News
Foto: Vatican Media/Handout via REUTERS
O Papa Francisco rezou o Angelus, nesta terça-feira, 15, em ocasião da Solenidade da Assunção da Virgem Maria. No Brasil, esta Solenidade será celebrada no próximo domingo, 20. Aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice destacou dois aspectos: o serviço e o louvor.
Primeiro, ele citou o “alegre cântico do Magnificat” (cf. Lc 1,46-55), que Nossa Senhora proclamou durante a visita à sua prima, Santa Isabel. O Santo Padre destacou que, para ir a este encontro, a Virgem Maria passou por uma região montanhosa, precisando “subir”. Neste sentido, ele traçou um paralelo entre este trajeto e o caminho feito por Jesus ao longo de Sua vida, rumando a Jerusalém, “lugar da doação de si mesmo na cruz”.
“Jesus e Maria, em suma, percorrem a mesma estrada: duas vidas que sobem em direção do alto, glorificando a Deus e servindo aos irmãos; duas vidas que vencem a morte e ressuscitam; duas vidas cujos segredos são o serviço e o louvor”, afirmou o Papa.
Serviço e louvor
Na sequência, ele se ateve a falar sobre os aspectos do serviço e do louvor na vida de Maria. Ao primeiro, referiu-se como “o amor que eleva a vida”, uma vez que quando alguém se abaixa para servir outra pessoa, é que acaba se elevando. “Ajudar custa! Nós também experimentamos isso, na fadiga, na paciência e nas preocupações que o cuidado com os outros acarreta. (…) É fadigoso, mas é subir em direção ao alto, é ganhar o céu”, explicou.
Contudo, Francisco também alertou que o serviço corre o risco de ser “estéril” se não houver louvor a Deus. Para exemplificar, destacou como Maria, mesmo cansada após uma viagem de 150 km, louvou ao Senhor com o “cântico de júbilo” proclamando o Magnificat. Da mesma forma, o louvor também foi expresso no ventre de Santa Isabel:
“O louvor aumenta a alegria. O louvor é como uma escada: eleva os corações. O louvor eleva o espírito e supera a tentação de se abater. Como é bom louvar a Deus todos os dias, e também os outros! Como é bom viver de gratidão e de bênção em vez de lamentações e queixas, levantar o olhar em direção do alto ao invés de ficar de mau humor”, exclamou o Santo Padre.
Então, ele convidou os presentes a refletir, fazendo algumas perguntas: “Vamos nos perguntar: vivo meu trabalho e minhas ocupações diárias em um espírito de serviço? Dedico-me a alguém gratuitamente, sem buscar benefícios imediatos? (…) E pensando no louvor: sei, como Maria, exultar em Deus (cf. Lc 1:47)? Eu rezo abençoando o Senhor? E, depois de louvá-lo, espalho sua alegria entre as pessoas que encontro?”.
Por fim, ele rezou para que Nossa Senhora, por meio do louvor e do serviço, ajudem todos a subir cada dia mais alto.
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