Na Solenidade da Imaculada Conceição, Papa reza Angelus e destaca exemplo de Maria que acolheu os grandes dons de Deus com admiração e simplicidade
Da redação, com Vatican News
Nesta sexta-feira, 8, Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco voltou a rezar o Angelus da janela do Palácio Apostólico, no Vaticano. Durante duas semanas ele realizou a oração mariana na Capela da Casa Santa Marta, por recomendações médicas.
Aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice destacou duas atitudes da Virgem Maria que lhe permitiram ter um coração totalmente livre do pecado.
Em primeiro lugar, a surpresa quando ela é chamada de “cheia de graça”. “É uma atitude importante esta: saber se maravilhar diante dos dons do Senhor, nunca os considerando como óbvios, apreciar o seu valor, alegrar-se pela confiança e ternura que trazem consigo”, explicou Francisco.
O Papa sublinhou a importância de também “testemunhar esse maravilhamento” diante dos outros, falando com humildade dos dons de Deus, do bem recebido, e não somente dos problemas cotidianos. E convidou os fiéis a uma reflexão:
“Podemos nos perguntar: eu sei me maravilhar com as obras de Deus? Às vezes acontece comigo de ficar maravilhado com isso e de compartilhar com alguém?”
Segunda atitude
O Santo Padre enfatizou que a segunda atitude é a fidelidade nas coisas simples. Ele destacou que o Evangelho apresenta Maria como uma menina simples, aparentemente como as outras que viviam na sua aldeia.
“Uma jovem que, graças à sua simplicidade manteve puro aquele Coração Imaculado com o qual, pela graça de Deus, foi concebida”, enfatizou.
Francisco explicou que, para acolher os grandes dons de Deus, “é fundamental saber valorizar aqueles mais cotidianos e menos evidentes”.
Fidelidade cotidiana
O Pontífice afirmou que foi precisamente com a “fidelidade cotidiana ao bem” que Nossa Senhora permitiu que crescesse nela o dom de Deus. “Foi assim que ela se preparou para responder ao Senhor, para dizer ‘sim’ a Ele com toda a sua vida”, indicou.
Diante desta atitude, o Papa convidou os fiéis a refletirem:
“Então, nos perguntemos: eu acredito que o importante, tanto nas situações cotidianas como no caminho espiritual, é a fidelidade a Deus? E, se acredito nisso, encontro o tempo para ler o Evangelho, para rezar, participar na Eucaristia e receber o perdão sacramental, para fazer algum gesto concreto de serviço gratuito? São aquelas pequenas escolhas que fazemos todos os dias, escolhas decisivas para acolher a presença do Senhor”.
E acrescentou: “Que Maria Imaculada nos ajude a maravilhar-nos com os dons de Deus e a responder-lhe com a fiel generosidade de cada dia.”