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ANGELUS

Papa: a ingratidão alimenta a ganância, gera violência e tira a paz

Francisco comentou, aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, a parábola dos vinhateiros perversos, lida no Evangelho deste 27º Domingo do Tempo Comum

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco acena para os fiéis ao rezar o Angelus neste domingo, 8 / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

“Uma parábola dramática, com um epílogo triste”. Assim o Papa Francisco se referiu à passagem do Evangelho deste 27º Domingo do Tempo Comum, 8, ao se dirigir aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus.

Neste trecho da Sagrada Escritura (cf. Mt 21,33-43), Jesus Cristo conta aos sumo sacerdotes e aos anciãos do povo uma parábola. Nela, um homem constrói uma vinha, a confia a vinhateiros e parte em viagem para o exterior. Chegado o tempo da colheita, o proprietário da vinha envia servos seus por duas vezes, e em ambas os agricultores os matam.

Diante disso, o proprietário envia seu próprio filho, que também é assassinado – uma prefiguração do que aconteceria com Jesus. Então, o Cristo pergunta aos sumo sacerdotes e aos anciãos o que fará o proprietário da vinha quando retornar, e eles respondem que mandará matar os vinhateiros perversos e confiará a vinha a outros agricultores. Assim, Jesus conclui dizendo “o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

Ingratidão, geradora de conflitos

Em seu colóquio, o Papa observou como, “na raiz dos conflitos, há sempre alguma ingratidão, e pensamentos gananciosos”. Diante da lógica de querer possuir a vinha rapidamente e não dar satisfação de seu trabalho a ninguém, nem mesmo ao seu patrão, os vinhateiros, “de agricultores tornam-se assassinos”.

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Francisco frisou que, ao invés deste pensamento, estes homens deveriam ter assumido uma postura de gratidão pelo que receberam e pela forma que foram tratados pelo proprietário da vinha. “A ingratidão alimenta a ganância e cresce neles um sentimento progressivo de rebelião, que os leva a ver a realidade de uma forma distorcida, a sentir que têm crédito e não uma dívida com o patrão que lhes deu trabalho”, indicou.

Gratuidade de Deus

Segundo o Pontífice, com esta parábola, Jesus quis recordar o que acontece quando o homem pensa que pode fazer tudo por si próprio e se esquece que o bem vem da graça de Deus, deixando de lado a gratidão.

“Quando esquecemos isto, a gratuidade de Deus”, sublinhou o Santo Padre, “acaba-se vivendo a própria condição e o próprio limite não mais com a alegria de se sentir amado e salvo, mas com a triste ilusão de não precisar nem de amor nem de salvação. (…) Sim, deixa de ser amado e se encontra prisioneiro da própria ganância, da necessidade de ter algo mais do que os outros, de querer ser mais do que os outros”.

Este comportamento leva a insatisfações, incompreensões e a inveja, tornando o homem prisioneiro da própria ganância, explicou o Papa, “A ingratidão gera violência, tira a nossa paz e nos faz sentir e falar gritando, sem paz, enquanto um simples ‘obrigado’ pode trazer paz”, expressou.

“Obrigado”, “permissão” e “perdão”

Por fim, Francisco apontou três palavras que são “o segredo da convivência humana”: “obrigado”, “permissão” e “perdão”. A partir delas, ele levou os fiéis reunidos a refletir sobre a presença dessas palavras na vida de cada um, e pediu a Virgem Maria, aquela cuja alma engrandece o Senhor”, que ajude todos “a fazer da gratidão a luz que todos os dias surge do coração”.

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