Papa explica que a parábola do semeador fala a cada um hoje e o Senhor incansavelmente lança a semente da Sua Palavra e do Seu amor
Da redação, com Rádio Vaticano
No Angelus deste domingo, 13, o Papa Francisco comentou o Evangelho de São Mateus (cf. Mt 13,1-23), no qual Jesus prega às margens do Mar da Galileia.
O Santo Padre explicou aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, que, quando Jesus fala ao povo, ele utiliza muitas parábolas, “uma linguagem compreensível a todos, com imagens tiradas da natureza e das situações da vida cotidiana”.
Francisco destaca que a primeira parábola serve de introdução a todas as outras, a parábola do semeador que lança a sua semente para todo tipo de terreno.
“O verdadeiro protagonista desta parábola é mesmo a semente, que produz mais ou menos frutos, dependendo da terra em que ela caiu. Os três primeiros terrenos são improdutivos: no caminho a semente é comida por pássaros; no terreno rochoso os rebentos secam rapidamente porque não têm raízes; entre os espinhos a semente é sufocada pelos espinhos. O quarto terreno é a terra boa, e só ali, a semente se enraíza e produz frutos”.
O Papa disse que Jesus não se limitou a apresentar a parábola, mas também a explicou aos seus discípulos, dizendo-lhes o significado da semente que caiu no caminho, em terreno pedregoso e no meio de espinhos. “A semente que caiu em solo fértil representa aqueles que escutam a palavra, a acolhem e guardam, e essa dá frutos. O modelo perfeito desta terra boa é a Virgem Maria”, disse.
O Pontífice destacou que a parábola do semeador fala a cada um hoje, como falava aos ouvintes de Jesus há dois mil anos:
“Ela nos recorda que somos a terra onde o Senhor incansavelmente lança a semente da Sua Palavra e do Seu amor. Com quais disposições o acolhemos? Como é o nosso coração? Com qual tipo de terreno se parece: um caminho, uma pedreira, um arbusto? Depende de cada um de nós tornar-se um terreno bom sem espinhos nem pedras, mas lavrado e cultivado com cuidado, de modo que possa trazer bons frutos para nós e para os nossos irmãos. E nos fará bem não esquecer que também nós somos semeadores. Deus semeia sementes boas, e também aqui podemos perguntar-nos: que tipo de semente sai do nosso coração e da nossa boca? As nossas palavras podem fazer tanto bem e também tanto mal, podem curar e podem ferir, podem encorajar e podem deprimir”, afirmou.
Por fim, o Papa pediu a intercessão da Virgem Maria, para que, com o seu exemplo, ensine os fiéis a acolher a palavra, guardá-la e fazê-la fecunda em si mesmo e nos outros.
Após o Angelus, o Papa voltou a pedir pela paz no Oriente Médio, diante dos trágicos acontecimentos dos últimos dias.