ANGELUS

Busca por prazer, poder, dinheiro e fama escraviza o homem, alerta Papa

Ao refletir Evangelho deste domingo, 9, Francisco falou sobre liberdade de Jesus e convidou fiéis a se questionarem: “sou verdadeiramente livre?”

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

Neste domingo, 9, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Em sua tradicional reflexão, falou sobre o Evangelho do dia (Mc 3,20-35) e a liberdade de Jesus, que era “completa e sem condicionamentos”.

O Pontífice explicou que, mesmo diante das reações dos homens após iniciar seu ministério público, Jesus pregou o Evangelho e curou doentes com a força do Espírito Santo, justamente quem o tornava divinamente livre. E, para ilustrar tal liberdade, citou como Jesus se relacionava com algumas realidades da vida humana.

“Jesus era um homem livre”

Primeiramente, o Santo Padre indicou que Jesus era livre das riquezas, uma vez que seu ministério era gratuito. “[Ele] deixou a segurança de seu vilarejo, Nazaré, para abraçar uma vida pobre e cheia de incertezas, curando gratuitamente os doentes e qualquer pessoa que o procurasse para pedir ajuda, sem nunca pedir nada em troca”, afirmou.

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Na sequência, Francisco apontou a liberdade diante de Jesus diante do poder, atestada por aqueles a quem procurava. “Embora chamasse muitos para segui-lo, nunca forçou ninguém a fazê-lo, nem procurou o apoio dos poderosos, mas sempre se colocou do lado dos últimos, ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo”, observou.

Por fim, o Papa disse que Jesus era livre da fama e da aprovação dos homens. Por conta disso, “nunca desistiu de falar a verdade”, comentou, “mesmo ao custo de não ser compreendido, de se tornar impopular, até o ponto de morrer na cruz, não se deixando intimidar, nem comprar, nem corromper por nada e por ninguém”.

“Sou uma pessoa livre?”

Diante dessa reflexão, o Pontífice alertou que, se o homem deixa-se levar pela busca por prazer, poder, dinheiro ou aprovação, acaba tornando-se “escravo”. Contudo, prosseguiu, se “permitirmos que o amor gratuito de Deus preencha e expanda o nosso coração, e se o deixarmos transbordar espontaneamente, dando-o para os outros, com tudo de nós mesmos, sem medos, cálculos e condicionamentos, então cresceremos em liberdade e espalharemos seu bom perfume até mesmo ao nosso redor”.

O Santo Padre concluiu sua breve fala levando os fiéis a refletirem: “sou uma pessoa livre? Ou me deixo aprisionar pelos mitos do dinheiro, do poder e do sucesso, sacrificando a estes a serenidade e a paz minha e dos outros?”

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