Francisco ressaltou que é preciso abrir o coração e a mente, para receber a realidade divina
Denise Claro
Da redação
No Angelus deste domingo, 8, o Papa Francisco comentou o Evangelho do dia, no qual Jesus volta à Nazaré e volta a ensinar na sinagoga.
Desde que tinha saído para pregar, não havia mais voltado à sua pátria.
“Mas aquilo que se anunciava um sucesso, se transformou numa ‘clamorosa rejeição’, a ponto que Jesus não pôde realizar ali nenhum milagre, mas somente curar alguns doentes.”
A dinâmica daquele dia foi contada de maneira detalhada pelo evangelista Marcos. Os habitantes daquela cidade primeiro escutam, depois ficam perplexos “De onde recebeu tudo isso? De onde vem toda essa sabedoria?” E por fim se escandalizam, vendo em Jesus o filho do carpinteiro, que eles viram crescer.
Por isso Jesus conclui: “Um profeta só não é estimado em sua pátria.”
Papa Francisco lembrou que os compatriotas de Jesus ao verem a sabedoria Dele, se escandalizaram, ao invés de se abrirem ao que percebiam.
“É o escândalo da encarnação: o evento desconcertante de um Deus feito carne, que pensa com a mente de um homem, trabalha e atua com as mãos de um homem, ama com coração de homem, um Deus que fadiga, come e dorme como um de nós.”
O Pontífice reforçou que esta inversão provocada por Jesus causa escândalo ainda hoje, que também hoje há quem reaja com incredulidade diante do mistério, por se fechar a ele:
“Deus não se conforma aos preconceitos. Devemos nos esforçar para abrir o coração e a mente, para acolher a realidade divina que vem ao nosso encontro. Trata-se de ter fé: a falta de fé é um obstáculo à Graça de Deus.”
Por fim, Francisco pediu a Nossa Senhora que dissolva a dureza dos corações e a limitação da mente, para que todos tenham abertura à Graça de Deus, à Sua verdade, e à Sua missão de bondade e de misericórdia, que é endereçada a todos, sem qualquer exclusão.