Amor aos pobres está no centro do Evangelho, diz Papa

Francisco recebeu líderes de movimentos populares que participam de um encontro mundial em Roma

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa e o Cardeal Peter Turkson / Foto: Rádio Vaticano

Papa e o Cardeal Peter Turkson / Foto: Rádio Vaticano

O Papa Francisco recebeu nesta terça-feira, 28, líderes de movimentos populares que participam de um encontro mundial em Roma desde segunda-feira, 27. O Brasil está presente com vários representantes, entre eles o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.

O Santo Padre agradeceu aos participantes por terem aceitado o convite para debater tantos problemas sociais da atualidade. Ele recordou que o amor aos pobres está no centro do Evangelho e destacou como é triste ver quando por trás de supostas obras altruístas escondem-se ambições pessoais.

“O encontro de Movimentos Populares é um grande sinal: vieram colocar em presença de Deus, da Igreja, uma realidade muitas vezes silenciada. Os pobres não só sofrem com a injustiça, mas também lutam contra ela! Não se contentam com promessas ilusórias, tão pouco estão esperando de braços cruzados a ajuda de ONGs, planos assistenciais ou soluções que nunca chegam… Vocês sentem que os pobres já não esperam e querem ser protagonistas, organizam-se, estudam, trabalham, reclamam e sobretudo praticam essa solidariedade tão especial que existe entre os que sofrem, entre os pobres, e que nossa civilização parece ter esquecido”.

Palavra do cardeal

Antes do discurso do Papa, o presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, fez uma saudação destacando que o encontro busca fortalecer a rede de organizações populares, favorecer o conhecimento recíproco e promover a colaboração entre eles e as Igrejas locais.

O cardeal mencionou o cenário de globalização, em que há tantas discriminações e injustiças. Nesse contexto, há o chamado a dar visibilidade aos milhões de excluídos e marginalizados.

“Estamos reunidos hoje, no Vaticano, para receber do senhor, Santo Padre, palavras que nos iluminem e nos apoiem em nosso difícil caminho para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, onde ninguém seja considerado um “descarte” (ver. Evangelii gaudium, n 53), mas visto com o olhar de Deus, que abraça todos os seus filhos, especialmente aqueles a quem o Senhor chama de ‘meus irmãos e irmãs menores’”.

Participam do encontro mais de 100 leigos, líderes de grupos sociais, 30 bispos engajados com as realidades e os movimentos sociais em seus países e cerca de 50 agentes pastorais, além de alguns membros da Cúria Romana. O encontro, organizado e promovido pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, em colaboração com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais, termina nesta quarta-feira, 29.

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