Regina Coeli

Amar não com palavras, mas com fatos, exorta Papa Francisco

Pontífice afirmou que é preciso respeitar a liberdade das pessoas e amá-las como elas são, não como gostaríamos que elas fossem 

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante oração do Regina Coeli recitada da janela do Palácio Apostólico /Foto: IPA/ABACA via Reuters

Amar não com palavras, mas com fatos. Foi um dos pedidos do Papa Francisco neste domingo, 9, Dia das Mães. O Pontífice fez sua tradicional reflexão antes de recitar o Regina Coeli da janela do Palácio Apostólico do Vaticano.

Outros amores

“Amar como Cristo significa dizer não a outros ‘amores’ que o mundo nos propõe: amor pelo dinheiro – quem ama o dinheiro não ama como ama Jesus – amor pelo sucesso, pela vaidade, pelo poder”, disse o Santo Padre.

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Segundo o Papa, estes caminhos enganosos de “amor”  nos afastam do amor do Senhor. Eles fazem com que as pessoas se tornem cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes, observou.

Prepotência leva a degeneração do amor

Francisco destacou também que a prepotência leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer. “Penso no amor doentio que se transforma em violência – e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia das violências. Isto não é amor”.

Amar como o Senhor nos ama, afirmou o Pontífice, significa apreciar a pessoa e respeitar sua liberdade. Amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente, exortou.

Permanecer no amor de Deus

Em última análise, o Santo Padre relembrou que Jesus pede que todos permaneçam no seu amor. Isso consiste em habitar no Seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos.

“Sempre a olhar-se. Pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros. Não controlar, mas servir. Mas abrir o coração aos outros, isto é amor, doar-se aos outros”, afirmou.

No Evangelho deste domingo, 9, o Papa sublinhou que Jesus, depois de se comparar com a videira e nos com os ramos, explica que o fruto que produzem aqueles que permanecem unidos é o amor.

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Cristo retoma o verbo-chave: permanecer. Ele nos convida a permanecer em seu amor para que sua alegria esteja em nós e nossa alegria seja plena. Permanecer no amor de Jesus, frisou o Pontífice.

Nós nos perguntamos, continuou o Pontífice: “Qual é esse amor no qual Jesus nos diz para ficarmos para ter a sua alegria? Qual é este amor?”

“É o amor que tem sua origem no Pai, porque Deus é amor”, destacou Francisco. E este amor de Deus, do Pai, explicou, é como um rio que escorre no Filho Jesus e através d’Ele chega até nós, suas criaturas.

O amor que Jesus nos dá é o mesmo amor com o qual o Pai O ama: amor puro, incondicional, amor gratuito, reafirmou.

“Não se pode comprar, é gratuito. Doando-o a nós, Jesus nos trata como amigos, – com este amor – fazendo-nos conhecer o Pai e nos envolve em sua própria missão para a vida do mundo”.

Comunhão com o Pai

Para onde conduz este permanecer no amor do Senhor? Para onde nos conduz?, questionou o Santo Padre. Segundo o Papa, Jesus nos disse: “Para que minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.

De acordo com Francisco, a alegria que o Senhor possui, porque é em total comunhão com o Pai, quer que ela esteja em nós, pois estamos unidos a Ele.

A alegria de saber que somos amados por Deus – disse o Santo Padre -, apesar das nossas infidelidades nos faz enfrentar as provações da vida com fé, nos faz atravessar as crises para sairmos melhores.

É em viver esta alegria que consiste em sermos verdadeiras testemunhas, porque a alegria é o sinal distintivo do verdadeiro cristão. “O verdadeiro cristão não é triste, sempre tem a alegria dentro, também nos momentos difíceis”, ressaltou.

O Pontífice finalizou pedindo a Virgem Maria que “nos ajude a permanecer no amor de Jesus e a crescer no amor para com todos, testemunhando a alegria do Senhor Ressuscitado”.

 

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