Em um encontro internacional, o Santo Padre discutiu os seis anos desde que a exortação apostólica Evangelii Gaudium foi publicada
Da redação, com Vatican Media
“Gostaria simplesmente de dizer que a alegria do Evangelho nasce do encontro com Jesus Cristo”. Estas foram as palavras do Papa Francisco neste sábado, 30, na recém- restaurada Sala das Bençãos, para mais de mil participantes num encontro internacional a fim de discutir os seis anos da publicação de sua exultação apostólica “Evangelii Gaudium”, abordando o tema “Acolhida e perspectivas”.
Assim, começou a evangelização, explicou Francisco: “Na manhã do dia de Páscoa, uma mulher, Maria Madalena, encontrou Jesus vivo e ressuscitado, e correu para anunciá-lo aos apóstolos. As lágrimas daquela mulher, que estava triste e em pranto, diante do túmulo do Mestre, se transformaram em alegria radiante e, a sua solidão, em consolação, por encontrar o Ressuscitado”! E o Papa acrescentou:
“A experiência de tantas pessoas, hoje, não é muito diferente daquela de Maria Madalena. A saudade de Deus, de um amor infinito e verdadeiro, está arraigada no coração de cada homem. Mas, precisamos de alguém que nos ajude a reviver tal experiência; precisamos de outros anjos que nos anunciem a Boa Nova e nos encorajem a não ter medo.”
De fato, afirmou o Pontífice, os “evangelizadores são como anjos da guarda, mensageiros do bem”, que nos chamam pelo nome e nos anunciam a alegria e a vida de Jesus, como aconteceu a Maria Madalena. Quem evangeliza está sempre em movimento, sempre indo ao encontro dos outros. Quem anuncia, realiza o desejo de Deus, está sempre à busca de Deus e o transmite aos irmãos. Por isso, Francisco exortou:
“ Que o medo de cometer erros e de seguir novos caminhos não nos desanime. Não há prioridades que superam o anúncio da ressurreição, o “kerygma” da esperança. As nossas pobrezas não devem ser um obstáculo, mas um instrumento precioso, porque a graça de Deus se manifesta na nossa fraqueza. Deus age em todas as circunstâncias, até diante das nossas aparentes falências. ”
Por fim, Francisco encorajou os numerosos presentes a propagar a Mensagem de Deus Amor, como Maria Madalena, que correu para dizer aos discípulos de Jesus: “Eu vi o Senhor” e como os Apóstolos, que foram às pressas ao túmulo vazio. Por isso, Francisco disse que precisamos de uma Igreja livre e simples, “sempre em saída”. E concluiu:
“Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que eram perseguidos por causa do Senhor Jesus. No entanto, não reclamavam do mundo. Eles não se preocupavam com as perseguições, mas em anunciar Jesus, a custo de dar a própria vida. Não percamos o entusiasmo de evangelizar, mas invoquemos o Espírito Santo, que mantém vivo o nosso ardor missionário.”