Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro Papa latino-americano da história e o primeiro papa argentino. Vamos recordar agora a trajetória de Francisco, desde suas origens atá o pontificado.
Reportagem de Catarina Jatobá
Imagens de Arquivo, CTV, Reuters e Vatican News
Francisco dos migrantes e refugiados, soube a partir de seus pais a importância de ser acolhido em outra pátria. Nasceu na capital argentina em 17 de Dezembro de 1936, filho de emigrantes italianos: seu pai Mário trabalhava como contabilista e a mãe Regina era dona de casa e cuidava da educação dos cinco filhos.
Depois de concluir o curso técnico em química, optou pelo caminho do sacerdócio. Aos 21 anos, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus e aos 33, foi ordenado sacerdote.
De 1973 a 2008, foi mestre de noviços, professor de teologia, provincial dos jesuítas da Argentina, bispo , arcebispo primaz, cardeal. Foi também Presidente da Conferência dos bispos da Argentina e participou do conclave que elegeu Bento XVI em 2005.
Em 2013, foi escolhido pelo colégio cardinalício para ocupar a cátedra de Pedro. Demostrou desde o primeiro momento a humildade dos que reconhecem ser dependentes da graça de Deus. Antes de abençoar os fieis, pediu que todos rezassem por ele. “Antes, peço-vos um favor, que rezeis ao Senhor para que abençoe a mim, a oração do povo, pedindo a benção para o seu bispo”, pediu o Santo Padre, o Papa Francisco.
Como Papa, continuou fiel ao estilo simples, ao recusar a Residência Apostólica e preferir morar na Casa Santa Marta, uma residência mais simples dentro do Vaticano onde poderia fazer as refeições e ter convívio com outros clérigos. Na capela, celebrava a Santa missa todos os dias para os funcionários do Vaticano.
Tinha pela frente uma grande missão: realizar a tão esperada Reforma da Cúria Romana. Após 9 anos de elaboração, a constituição apostólica Praedicate evangelium entrou em vigor em 5 de junho de 2022 e trouxe as modificações para a organização interna do Vaticano que ajuda o Papa a governar a Igreja.
Francisco da unidade. Seguindo o caminho ecumênico de seus predecessores, dedicou-se à unidade da Igreja de Cristo. Acreditava ser esta via “uma exigência essencial” de nossa fé, um “requisito” dos que entram no discipulado de Cristo.
Convocou a Igreja a uma sincera conversão pastoral, a superar o comodismo e o fechamento, e se tornar uma Igreja em saída, em direção aos afastados, excluídos, em busca das periferias humanas.
E ele mesmo assumiu essa face missionária que pedia ao povo de Deus e aos pastores. Francisco fez inúmeras viagens pela Itália, e dezenas de viagens internacionais. Visitou lugares em conflito e surpreendeu o mundo com os países que decidiu visitar.
