Sacerdote esteve com o Santo Padre inúmeras vezes, inclusive quando Francisco ainda era o cardeal de Buenos Aires
Fernanda Lima
Da Redação

Foto: Arquivo Pessoal
Enquanto toda a Igreja se despede do Papa Francisco, o presidente da Presidência Internacional das Obras de Schoenstatt, padre Alexandre Awi Mello, recorda tudo que viveu e aprendeu ao lado do Pontífice. O sacerdote esteve com o Santo Padre inúmeras vezes, inclusive quando Francisco ainda era o cardeal de Buenos Aires.
“Conheci o Papa Francisco em 2007″, recorda padre Alexandre. O contexto? A quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, conhecida como “Conferência de Aparecida”. “Naquela ocasião, tive a graça de acompanhá-lo na comissão de redação e já encontrei nele uma pessoa muito humilde”, acrescentou.
Padre Alexandre enfatizou que, nessa época, Francisco ainda era cardeal de Buenos Aires. “Ele sempre me perguntava se eu precisava de alguma ajuda e estava muito atento às necessidades de toda a assembleia. Era uma pessoa muito inteligente e com uma capacidade de trabalho incrível”, ressaltou.
Padre Alexandre também foi secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, outra ocasião em que pôde conviver mais de perto com Francisco. Algumas características marcantes na personalidade do Papa saltam aos olhos do sacerdote ao recordar momentos em que esteve com o Pontífice. “Tive a oportunidade de visitá-lo em Roma no tempo em que já era Papa e aproveitei para entrevistá-lo sobre sua devoção à Virgem Maria. Percebi nele uma pessoa muito espiritual e ao mesmo tempo, muito humana. Sempre com um bom-humor e focado em fazer com que a fé fosse algo fácil de se entender”, sublinhou.
O Papa Francisco visitou o Brasil no ano de 2013 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esta foi a primeira viagem apostólica do Santo Padre e o padre Alexandre também estava lá. “Tive a graça de acompanhá-lo durante todo o percurso no Rio de Janeiro. Ele se mostrava sempre interessado em estar em contato com o povo. Esse é o Papa Francisco que conheci. Alguém sempre preocupado com os mais pobres e que descrevia a Igreja como um hospital de campanha onde o foco principal é acolher e abraçar”, recordou.
Segundo o sacerdote, uma das expressões mais marcantes em Francisco refere-se à sua ternura para com os fiéis. “Acho que ele foi o Papa da revolução da ternura e que não teve medo de mostrar uma Igreja firme e ao mesmo tempo próxima e acolhedora. Foi um Papa muito próximo das pessoas. Agradeço por essa oportunidade de ter convivido relativamente próximo dele”, concluiu.