6º dia do novendiali

Cardeal Fernandéz recorda o Papa Francisco como trabalhador incansável

No sexto dia de luto pela morte do Papa Francisco, celebração eucarística foi presidida pelo Cardeal Víctor Manuel Fernández

Da redação

Cardeal Víctor Manuel Fernández recorda o Papa Francisco em sua homilia / Foto: Joyce Mesquita

Na Basílica de São Pedro, uma missa nesta quinta-feira, 1º, marcou o sexto dia do Novendiali, período de luto e oração pela morte do Papa Francisco. A celebração foi presidida pelo Cardeal Víctor Manuel Fernández.

“O Papa Francisco é de Cristo. E agora, que ele deixou esta Terra, é totalmente de Cristo”, recordou o cardeal no início de sua homilia. “Sabeis com que ternura o Papa Francisco falava de Cristo. Como apreciava o doce nome de Jesus, como um bom jesuíta. Ele sabia bem que era seu e, certamente, Cristo não o abandonou. Essa é nossa esperança, que celebramos com alegria pascal sob a luz preciosa do Evangelho de hoje”, disse Dom Fernández.

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O Dia do Trabalhador também foi recordado pelo cardeal. Os trabalhadores, lembrou o purpurado, sempre foram muito queridos pelo falecido Papa. “Lembro-me de um vídeo que ele [Papa Francisco] enviou a empresários argentinos tempos atrás. A eles dizia: ‘Nunca cansarei de me referir à dignidade do trabalho’. (…) Para o Papa Francisco, o trabalho alimenta a dignidade do ser humano, ajuda a construir relações, a se sentir colaborador de Deus e solidário com seus entes queridos”, explicou o cardeal.

Cardeais na missa do sexto dia do novendiali / Foto: Joyce Mesquita

O trabalho, como dizia o Papa Francisco e reforçou Dom Fernandéz em sua homilia, é a melhor ajuda ao pobre. “Não há pobreza pior que priva alguém do trabalho e da dignidade do trabalho”, observou. Em Gênova, Francisco recordou ainda que todo o pacto social se faz em torno do trabalho. “Quando há problemas com o trabalho é a democracia que entra em crise”, reafirmou Dom Fernandéz.

Francisco: trabalhador incansável

O cardeal quis, então, apresentar o Papa Francisco também como um trabalhador. Francisco não apenas falou sobre o valor do trabalho, mas ao longo de sua vida foi alguém que viveu sua missão com muito esforço, paixão e comprometimento, acrescentou.  

“Sempre foi um mistério para mim como ele conseguia suportar, mesmo sendo um homem grande e com várias doenças, um ritmo de trabalho tão exigente. Ele não só trabalhava pela manhã com diversas reuniões, audiências, celebrações e encontros, mas também durante toda a tarde. E pareceu-me verdadeiramente heroico que com as poucas forças que tinha nos seus últimos dias ele tenha se tornado forte o suficiente para visitar uma prisão.”

Cardeal Fernández destacou, por fim, até que ponto Francisco entendia que seu trabalho era sua missão, seu trabalho diário era sua resposta ao amor de Deus, era a expressão de sua preocupação com o bem dos outros. “E por essas razões o próprio trabalho era sua alegria, seu alimento, seu descanso. Ele experimentou o que diz a primeira leitura que ouvimos: ‘ninguém de nós vive para si mesmo’”.

Concluindo sua homilia, o cardeal recordou o amor que o Papa Francisco tinha por São José – celebrado pela Igreja, neste Dia do Trabalho, com o título de São José Operário. “Lembremos também que quando o Papa Francisco tinha um grande problema, ele colocava um pedaço de papel com uma súplica sob a imagem de São José. Então peçamos a São José que dê um forte abraço no nosso querido Papa Francisco no céu.”

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