À Rota Romana, Papa traça perfil de um juiz eclesiástico

Em audiência com juízes e membros do Tribunal Apostólico da Rota Romana, Francisco traçou perfil de um juiz eclesiástico

Jéssica Marçal
Da Redação

À Rota Romana, Papa traça perfil de um juiz eclesiásticoO Papa Francisco encontrou-se nesta sexta-feira, 24, com membros do Tribunal Apostólico da Rota Romana, por ocasião do início do ano judiciário.

No discurso aos presentes, Francisco recordou que a dimensão jurídica e a dimensão pastoral do ministério eclesial não estão em contraposição, porque ambas contribuem para a realização da unidade da ação própria da Igreja.

O Santo Padre aproveitou a oportunidade para traçar o perfil de um juiz eclesiástico. Este deve ter uma maturidade humana que se exprime na serenidade do juízo e em deixar de lado opiniões pessoais. Também faz parte dessa maturidade, segundo o Papa, a capacidade de captar as aspirações legítimas da comunidade junto à qual trabalha.

O segundo aspecto destacado pelo Papa foi o judiciário. Trata-se, segundo Francisco, de ter um ministério caracterizado pela perícia no direito, a objetividade do juízo e a equidade, julgando com imparcialidade. “Além disso, sua atividade é guiada pela intenção de proteger a verdade, no respeito à lei, sem ignorar a delicadeza e a humanidade que são próprias do pastor de almas”, disse.

Francisco também falou do aspecto pastoral, recordando que ao juiz é pedido não somente competência, mas também um verdadeiro espírito de serviço. “Ele é o servidor da justiça, chamado a tratar e julgar a condição dos fiéis que, com confiança, se dirigem a ele, imitando o Bom Pastor que cuida da ovelha ferida”.

Concluindo seu discurso, o Papa exortou os juízes a seguirem seu trabalho judiciário sem esquecer que são pastores. “Por trás de cada prática, cada posição, cada causa, há pessoas que esperam por justiça”.

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