Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, Francisco destacou a esperança. “Virtude que não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus”, disse
Da Redação, com Vatican News
Nesta quarta-feira, 8, a esperança foi o tema da Audiência Geral do Papa Francisco, realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano. Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, o Santo Padre falou sobre a virtude da esperança.
Ele explicou que a esperança é uma virtude teologal, ou seja, não deriva da própria pessoa, mas vem diretamente de Deus.
Segundo o Papa, esta virtude teologal é a resposta às perguntas sobre o sentido último do homem. “Se o caminho da vida não tem sentido, se não há nada no princípio e no fim, então perguntamo-nos por que deveríamos caminhar: daqui nasce o desespero do homem, a sensação da inutilidade de tudo. E muitos poderiam revoltar-se: esforcei-me por ser virtuoso, prudente, justo, forte, temperante. Fui também um homem ou uma mulher de fé… De que serviu o meu combate, se tudo acaba aqui? Se faltar a esperança, todas as outras virtudes correm o risco de se desmoronar e de acabar em cinzas”, destacou.
Acesse
.: Leia a Catequese do Papa na íntegra
O Santo Padre salientou que “o cristão tem esperança não por mérito próprio. Se acredita no futuro, é porque Cristo morreu, ressuscitou e nos concedeu o seu Espírito. Neste sentido, se diz que a esperança é uma virtude teologal, pois não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus”.
Segundo Francisco “se acreditamos na ressurreição de Cristo, então sabemos com certeza que nenhuma derrota e nenhuma morte duram para sempre”.
“Todavia, a esperança é uma virtude contra a qual muitas vezes se peca, quando, por exemplo, se desanima diante dos próprios pecados, esquecendo que Deus é misericordioso e maior que o nosso coração. Deus perdoa tudo e sempre, recordou Francisco”. “Peca-se contra a esperança quando o outono apaga a primavera dentro de nós”, disse.
“O mundo necessita de esperança”
Para o Pontífice, o mundo de hoje tem grande necessidade desta virtude cristã. Tanto quanto precisa de paciência, virtude que caminha em estreito contato com a esperança. “O mundo necessita de esperança. Os homens pacientes são tecelões do bem”, afirmou.
“Desejam obstinadamente a paz e, mesmo que alguns tenham pressa e queiram tudo imediatamente, a paciência tem a capacidade da espera. E ainda, a esperança é a virtude de quem tem o coração jovem; e a idade não importa aqui. Porque também há idosos com os olhos cheios de luz, que vivem uma tensão permanente em relação ao futuro”, enfatizou.
“Irmãos e irmãs, vamos em frente e peçamos a graça de ter esperança, a esperança com a paciência. Sempre olhar para aquele encontro definitivo; sempre olhar para o Senhor, que sempre está próximo de nós. E que jamais, jamais, a morte será vitoriosa. Vamos em frente e peçamos ao Senhor que nos dê esta grande virtude da esperança, acompanhada da paciência”, concluiu.