Paz. É isso que a professora do Ensino Primário Jacqueline Jamal Tushyeh acredita que o Papa Bento XVI vá levar à Terra Santa, durante a peregrinação deste pelo local. A visita do Sumo Pontífice, que acontece de 8 a 15 de maio, traz esperança para palestinos e israelenses.Os conflitos entre os povos da região envolvem a disputa pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos. O impasse teve início no século 19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano.

Desde então, houve muita violência e controvérsias em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século 20, muitos dos quais ainda em andamento. Jacqueline, que nasceu e reside em Belém, na Palestina, aposta na motivação que o Santo Padre fará aos jovens para selar a paz no local.

“Os jovens são os núcleos que fazem mover este mundo e, nós queremos viver a paz. Eu sou uma jovem cristã e esse é o meu maior desejo. Os jovens têm um grande papel na visita do Santo Padre; nós podemos mudar essa realidade”, afirma a professora ao noticias.cancaonova.com.

Questionada se os palestinos poderão participar das celebrações papais em território israelense, Jacqueline informou que poderão, sim, mas apenas com uma permissão especial de uma autoridade de Israel.

“Eles nos deram uma permissão do dia 1° de abril até 15 de maio e quem quiser poderá ir. Porém, nem todos receberam essa regalia. Na minha família, por exemplo, meu pai, minha mãe e meus irmãos vão, mas eu não”, relata.