“Bento XVI tocou os temas mais profundos do nosso tempo. O novo anti-semitismo é uma doença que as pessoas devem saber tratar”, apontou o presidente israelense, Shimon Peres, ao fazer um balanço positivo da visita do Pontífice ao Oriente Médio.
Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Peres destacou as palavras claras de Bento XVI e disse que “hoje o problema não é distinguir entre Estado e Igreja ou entre judeus, cristãos e muçulmanos. É necessária uma nítida separação entre violência e fé”. Sobre essa questão “não há espaço para a confusão e creio que para isso o Papa esteja fazendo todo o possível”.
Referindo-se ao conflito com os palestinos, e sobre se o premier israelense Netanyahu é contrário à solução de dois povos e dois Estados, o presidente Peres disse que “Netanyahu não disse nada. Nem que é contra. Somente pediu tempo. O governo sempre apoiou a idéia de um Estado palestino, como o Papa e os Estados Unidos. Agora podemos discutir, e não se pode dizer que existe contraste”.
Em cima das preocupações do presidente Peres está Teerã: “O Irã não é um problema de Israel, é um problema mundial. Ouvi Putim e Obama dizerem isso. Mas a comunidade internacional encontra-se dividida. Se alguém diz sim e outros não, Ahmadinejad sai ganhando. Não sabem o quanto ele é perigoso, ele é o único líder do mundo que deseja destruir outro membro da ONU”, destacou.
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