Papa visita Campo de refugiados de Aida

Nesta quarta-feira, 13, após visitar a Gruta da Natividade e o Hospital Infantil da Cáritas, o Papa Bento XVI visitou o campo de refugiados de Aida, entre as cidades de Belém e Beit Jala, no Território Palestino, tendo condenado o muro construído por Israel, que isolou a população local. O Santo Padre considerou “trágico que ainda hoje sejam erguidos muros” num mundo em que as fronteiras estão cada vez mais abertas.

Bento XVI falou do muro como um símbolo do “ponto morto” em que se encontram as negociações entre israelitas e palestinos, pedindo a “todas as partes envolvidas que exerçam a sua influência em favor de uma solução justa e duradoura no respeito pelas legítimas exigências de todas as partes”.

O Papa reconheceu o direito de israelitas e palestinos a viverem “em paz e com dignidade” e considerou que “os esforços diplomáticos só poderão ter sucesso” se os dois povos estiverem dispostos a “romper o círculo das agressões”.

Neste local simbólico, Bento XVI deixou palavras de proximidade e compreensão aos palestinos que vivem nos campos de refugiados, “em condições precárias e difíceis, com poucas oportunidades de emprego” e “legítimas aspirações a uma pátria permanente, a um Estado palestino independente”.

“Quão ardentemente rezamos para que terminem as hostilidades que levaram a erigir este muro”, sublinhou, exortando as duas partes a ter “grande coragem para superar o medo e a desconfiança” e superar o “desejo de vingança”.

Segundo o Papa, a “solução a longo prazo para um conflito como este não pode deixar de ser política”.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, deixou por seu lado uma “mensagem de paz” a Israel, através de Bento XVI, antes de pedir que os israelitas renunciem “à ocupação, à colonização, às prisões e às humilhações” que infligem aos palestinos.

O porta-voz do Vaticano anunciou que Bento XVI irá entregar 50 mil Euros aos refugiados deste campo que, segundo a ONU, tem mais de 4 mil refugiados palestinos.

Após a visita de João Paulo II, em 2000, a situação na Cisjordânia piorou significativamente. Foi construído um muro que Israel justifica com a necessidade de impedir ataques terroristas. A construção, entretanto, separa famílias e dificulta o dia-a-dia dos palestinos.

Leia mais
.: Bento XVI diz que é necessário triunfo do amor sobre ódio
.: Papa encoraja palestinos ao chegar na terra onde Jesus nasceu
.: Na cidade santa tem lugar para todos
.: Papa reza o Regina Coeli na primeira sede da Igreja

Acesse
.: Blog da Terra Santa
.: Peregrine na Terra Santa

Conteúdo acessível também pelo iPhoneiphone.cancaonova.com

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo