Papa diz que pode surgir futuro de justiça e paz na Terra Santa

Hoje, 15, é o último dia da histórica viagem pastoral do Papa Bento XVI à Terra Santa. Às 7h30(hora local), o Santo Padre celebrou uma Missa privada na Capela da Delegação Apostólica de Jerusalém. Posteriormente, o Papa participou de um encontro ecumênico na Sala do Trono da Sede do Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém e visitou os lugares da crucifixão e morte de Jesus e o Santo Sepulcro, onde se encontrou com cristãos de várias confissões, a quem estão confiadas diversas capelas e igrejas. Remetendo-se à crucifixão de Jesus, o Papa lembrou que a Terra Santa já experimentou muitas vezes o “mistério da Gólgota” e assinalou: “A história não tem necessariamente que se repetir”. “Pode surgir um futuro de justiça, paz, prosperidade e cooperação”, assegurou.

No Santo Sepulcro, Bento XVI prostrou-se e beijou a Pedra da Unção, uma pedra de calcário que representa lugar onde corpo de Jesus foi colocado depois de ser retirado da cruz, como os peregrinos costumam fazer. Em seguida, o Papa dirigiu-se para a capela que recorda o lugar onde Jesus teria sido sepultado. Neste local permaneceu em oração e falou da divisão deste espaço, confiado atualmente a seis comunidades cristãs diferentes.

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Para o Papa, este é um “um testemunho mudo da pesada herança do nosso passado, com os seus erros, as suas incompreensões e os seus conflitos”, convidando a “ultrapassar os conflitos e as tensões” que ainda existem entre os cristãos. “O túmulo vazio fala-nos de esperança, a esperança que não desilude porque é dom do Espírito de vida. Esta é a mensagem que vos quero hoje deixar, na conclusão da minha peregrinação à Terra Santa”, acrescentou.

Bento XVI subiu, depois, ao Gólgota, lugar onde Jesus teria sido crucificado e se recolheu novamente em oração. “Por graça de Deus, a esperança possa renascer sempre de novo nos corações de toda a população que vive nestas terras. E que esta esperança se enraíze em todos os corações, famílias e comunidades! A Igreja na Terra Santa, que tantas vezes experimentou o obscuro mistério do Gólgota, não deve cessar nunca de ser intrépido arauto da luminosa mensagem de esperança que proclama este túmulo vazio”, insistiu.

“O Evangelho assegura-nos que Deus pode fazer novas todas as coisas, que a história não tem necessariamente que se repetir, que as memórias podem cicatrizar, que se podem superar os frutos amargos da recriminação e da hostilidade, e que pode surgir um futuro de justiça, paz, prosperidade e cooperação para cada homem e mulher, para toda a família humana e de modo especial para os povos que vivem nesta terra tão cara ao coração do nosso Salvador”.

O Papa concluiu com palavras de encorajamento aos fiéis cristãos: “Rezo para que a Igreja na Terra Santa encontre sempre novas forças na contemplação do túmulo [de Jesus] vazio. Ela está chamada a sepultar neste túmulo todas as suas ansiedades e medos, para que possa ressuscitar em cada dia e continuar o seu caminho através das ruas de Jerusalém, na Galiléia e mais além, proclamando o triunfo do perdão de Cristo e a promessa de vida nova . Como Cristãos, sabemos que a paz para esta atormentada terra tem um nome: Jesus Cristo. É Ele a nossa paz!”

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