O programa deste segundo dia de Bento XVI em Jerusalém também é intenso. A manhã do Papa teve início com a visita à Esplanada das Mesquitas. Na área, encontram-se duas grandes mesquitas, sendo a Cúpula da Rocha o mais antigo monumento islâmico na Terra Santa que remonta ao ano 640.
Diante da Cúpula da Rocha, o Pontífice foi recebido pelo grão-mufti, Muhammad Ahmad Hussein. Depois de uma breve visita ao local, Bento XVI foi acompanhado a uma sala onde o aguardavam os expoentes da comunidade muçulmana.
Em seu discurso, o Santo Padre afirmou que, naquele lugar, as três grandes religiões monoteístas se encontram, recordando o que têm em comum.
“Em um mundo tristemente lacerado por divisões, este lugar sagrado serve de estímulo e constitui um desafio para homens e mulheres de boa vontade a se empenharem para superar incompreensões e conflitos do passado e a se colocarem no caminho de um diálogo sensível, finalizado à construção de um mundo de justiça e de paz para as futuras gerações.”
“A fidelidade ao único Deus, o Criador, conduz a reconhecer que os seres humanos são fundamentalmente ligados uns aos outros, porque todos recebem a própria existência de uma só fonte e são remetidos a uma meta comum”, recordou o Papa.
“Marcados por esta imagem indelével do divino, os fiéis são chamados a desempenharem um papel ativo ao aplacar as divisões e ao promover a solidariedade humana”, afirmou Sua santidade. Ele ainda explicou que cada um de nós é responsável por aquilo que faz e esta é a razão pela qual devemos trabalhar para salvaguardar os corações humanos do ódio, da raiva ou da vingança.
“Empenhemo-nos a viver em espírito de harmonia e de cooperação, testemunhando o Deus único mediante o serviço que generosamente prestamos uns aos outros”, concluiu Bento XVI.
Leia mais
.: Primeiro compromisso do Papa em Jerusalém
.: Vim aqui para deter-me em silêncio
Acesse
.: Blog da Terra Santa
.: Peregrine na Terra Santa