93 católicos de Gaza receberam ontem das autoridades israelenses a autorização para atravessar a fronteira e ir a Belém encontrar-se com o Papa na missa desta manhã, mas, 45 deles foram barrados na fronteira de Eretz.
A informação foi dada esta manhã pelo administrador da principal instituição católica de Gaza, Amin Sabegh, que compreende uma escola e um centro cultural-religioso. Segundo Sabegh, os 93 nomes autorizados constavam numa lista fornecida por Israel, há dois dias. O Pe. Hernandez, pároco de Gaza, confirmou o ocorrido, acrescentando que no momento do controle dos documentos, as forças de segurança israelenses retiveram uma parte do grupo.
Na Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo grupo islâmico radical Hamas, vivem apenas 300 católicos e cerca de 2 mil ortodoxos, em meio a uma população de um milhão e meio de pessoas, segundo dados do Patriarcado latino de Jerusalém.
A Santa Sé pediu a Israel, que há dois anos impõe um severo bloqueio dos confins na Faixa, de 150 a 200 passes para os habitantes de Gaza. Somente 120 conseguiram apresentar os formulários exigidos, e esperavam ir a Belém, até que se soube que apenas 93 passes seriam emitidos. Hoje, a surpresa, com uma parte deles impedida de participar da missa.
Em março, a expectativa dos cristãos de Gaza para ver o Papa havia aumentado. A princípio, pároco de Gaza, Padre Manuel Musallam, havia pedido para 250 vistos de entrada no território Palestino.