Vésperas com Bento XVI

"Fidelidade à vocação exige coragem e confiança", diz Papa

“A todos vós que doastes a vida a Cristo, (…) obrigado pelo vosso testemunho, muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja.” Com este agradecimento o Papa Bento XVI saudou os quase 500 sacerdotes, seminaristas e pessoas consagradas, na Oração das Vésperas, desta quarta-feira, 12, na igreja da Santíssima Trindade em Fátima-Portugal.No início de seu discurso o Pontífice se dirigiu à assembleia presente, e em especial aos consagrados da vida religiosa, recordando a Virgem Maria como “modelo excelso da Igreja crente” e “sinal humilde e simples da Igreja que continuamente se oferece como esposa nas mãos do seu Senhor”.

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.: Discurso de Bento XVI nas Vésperas com sacerdotes e religiosos
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.: Papa consagra sacerdotes a Virgem Maria
.: Saudação do presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios

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Sua Santidade saudou os bispos e sacerdotes recordando o Ano Sacerdotal e pedindo sobre todos os que se dedicam ao serviço do Altar “uma graça abundante (…) para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo.”

Ainda aos sacerdotes, o Papa os exortou exercerem mutuamente o acolhimento e a fraternidade dizendo que “a fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente (…) Como é importante que vos ajudeis mutuamente por meio da oração e com conselhos e discernimentos úteis!”

“Embora o sacerdócio de Cristo seja eterno, a vida dos sacerdotes é limitada. Cristo quer que outros perpetuem ao longo dos tempos o sacerdócio ministerial por Ele instituído. Por isso mantende, dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – fecundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis”, disse Bento XVI.

No seu discurso, o Santo Padre também se dirigiu aos consagrados e consagradas presentes dizendo: “Pois bem, queridos consagrados e consagradas, com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na ação apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho!”

O Papa Bento XVI recordou ainda que “muitos dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar com a própria salvação eterna” e que “os homens são chamados a aderir ao conhecimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta vocação.”

No fim de seu discurso o Sumo Pontífice também proferiu algumas palavras aos seminaristas convidando-os a examinarem bem as intenções e motivações nos primeiros passos rumo ao sacerdócio e a serem “conscientes da grande responsabilidade” que irão assumir.

Bento XVI encerrou o seu discurso consagrando todos os sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, a Virgem Maria dizendo que “com ela e como ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai”.

Saiba mais sobre a visita

Bento XVI chegou nesta terça-feira, 11, a Portugal. Lisboa é a primeira cidade a receber o Pontífice, que também visita Fátima e Porto, celebrando três missas e proferindo sete discursos, além de dirigir uma mensagem e uma saudação aos fiéis portugueses. Nesta 15ª viagem apostólica de seu Pontificado, o Papa vai centrar as suas intervenções em três eixos fundamentais: a cultura, a ação social e a vida da Igreja em Portugal.

No entanto, um dos principais motivos para esta viagem é a celebração do décimo aniversário da beatificação de Jacinta e Francisco Marto, reafirmado pelo próprio Bento XVI no último domingo, 9, durante a saudação inicial da oração Regina Coeli. Neste ano, o País anfitrião também celebra os 100 anos da Proclamação da República.

O Papa vai proferir sete discursos: à chegada e à partida (11 e 14 de Maio), no Encontro com o Mundo da Cultura (dia 12), na celebração das Vésperas e na Bênção das Velas em Fátima (ambas no dia 12) e nos encontros com os agentes da Pastoral Social e com os Bispos, igualmente em Fátima (dia 13).

Terceiro Papa a visitar Fátima, depois de Paulo VI (1967) e João Paulo II (1982, 1991 e 2000), Bento XVI esteve, enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, estreitamente ligado às Aparições, estudando profundamente a Mensagem de Fátima, além de ter presidido às cerimônias do 13 de Maio em 1996. Foi o autor do comentário teológico sobre a Terceira Parte do Segredo de Fátima, revelado precisamente em 2000, quando João Paulo II se deslocou pela terceira e última vez a Portugal.

A maioria das viagens de Bento XVI foi realizada na Europa: quatro em países que fazem fronteira com a sua Alemanha natal – Polônia (2006), Áustria (2007), França (2008) e República Checa (2009) -, outras duas viagens a solo germânico (2005 e 2006), Espanha (2006), Turquia (2006) e Malta (2010).

Ainda neste ano, o Papa fará mais três viagens em território europeu: Chipre, Reino Unido e Espanha.

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Acesse os documentos
.: Hino oficial da visita
.: OUÇA o Hino
.: Nota Pastoral dos Bispos (out/2009)
.: Nota Pastoral dos Bispos (mar/2010)
.: Livreto das Celebrações Litúrgicas
.: Catequese preparatória 1 – Visita do Papa: desafios à Igreja de Lisboa
.: Catequese preparatória 2 – Ainda precisamos de Pedro?
.: Carta dos jovens ao Papa
.: Carta das crianças ao Papa
.: Citações do Cardeal Ratzinger
– Em Lisboa
.: Tríptico das atividades da visita
.: Informações sobre os espaços litúrgicos
.: Infográfico dos compromissos do Papa na capital
– Em Porto
.: Informações sobre a visita

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