Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, celebrou a missa de boas-vindas do Jubileu dos Jovens na Praça São Pedro

Thiago Coutinho
Da redação

O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Dom Rino Fisichella, celebrou, na Praça São Pedro, a missa de boas vindas no Jubileu dos Jovens nesta terça-feira, 29. Em sua saudação inicial, o arcebispo, responsável pela organização do Jubileu, recordou a presença de tantos jovens de nacionalidades e realidades distintas. 

Leia também
.: Brasileiros se preparam para o Jubileu dos Jovens e encontro com o Papa
.: Peregrinos de 146 países são esperados para Jubileu dos Jovens

“Dou as boas-vindas em nome do Papa Leão XIV”, saudou. “Obrigado por terem aceitado o convite do Papa para participar deste Jubileu, dedicado à vós e à esperança que trazem dentro de si”.

Dom Fisichella enalteceu ainda os jovens que provenientes de países distantes, vítimas de guerra em regiões como Ucrânia e Palestina. “Aqui estão presentes amigos que vêm desde países em zonas de guerra, como Palestina, e aqui nos mantemos unidos”, disse. “Vamos transmitir a fé e compreender o grande valor que Jesus Cristo possui em nossas vidas. Nesses dias em Roma, com tudo aquilo que representa, está em vossas mãos”, exaltou o prelado.

Já em sua homilia, o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização citou Marta e Lázaro, que aparecem na liturgia do dia. “Marta é, antes de tudo, sinal da fé. O evangelista nos mostra isso de maneira muito clara. Ele nos diz, antes de tudo, que a fé é um encontro. O encontro, porém, que não estabelecemos nós. Na passagem precedente, o evangelista João nos diz que Marta e Maria haviam avisado Jesus que Lázaro estava mal. E Jesus retarda sua visita. Permanece alguns dias antes de seguir caminho. Poderia parecer estranho quando é dito que alguém está doente [esperar]. Para Jesus não. Ele diz aos discípulos para esperarem”.

Esta passagem, afirmou o arcebispo, ensina-nos sobre o encontro e a espera. “Jesus vem ao nosso encontro quando quer, no tempo estabelecido por Ele, não por nós. Somos chamados apenas a esperar por Ele”, observou dom Fisichella.

A fé, prosseguiu, é uma escolha de liberdade. “Uma liberdade com a qual queremos colocar em seguimento, onde o Senhor quer nos levar. Uma escolha de liberdade que se manifesta também na atitude de Marta e Maria. Devemos respeitar a liberdade de um Deus que nunca nos abandona. E somos amador por Deus. Eis porque nunca estaremos sozinhos”.

A fé se torna ação

Marta, acrescentou Dom Rino, acreditou na ressurreição e entendeu que em nenhum outro lugar acharia a felicidade se não Nele. “Somos capazes de dizer que quem estava morto retornou à vida. A ressurreição é uma vida nova para cada um de nós. Não temam ser testemunhas de Cristo. Nós cremos nele. E esse testemunho se torna ação”.

A vida se movimenta segundo o ensinamento de Jesus, apontou o arcebispo, que recordou algumas palavras do Papa Leão XIV: “Encontrar Cristo, estar com Ele, ser por Ele, fortalecido na fé e segui-Lo com coerência”, finalizou.

A surpresa do Papa aos jovens

Ao final da missa, o Papa Leão XIV apareceu de surpresa. Após um giro de papamóvel pela Praça São Pedro, Leão XIV dirigiu algumas palavras aos jovens. “Vocês são o sal da terra, luz do mundo. E hoje a voz de vocês, o entusiasmo, os gritos, tudo por Jesus Cristo, serão ouvidos até o final do mundo.”

O Pontífice disse que, nos próximos dias, os jovens terão a oportunidade de ser uma força que pode dar uma mensagem de esperança, uma luz à cidade de Roma, à Itália e ao mundo. “Caminhemos juntos na nossa fé em Jesus Cristo. O nosso grito deve ser também pela paz no mundo. Digamos todos: queremos a paz no mundo! Rezemos pela paz, sejamos testemunhas da paz de Jesus, da reconciliação, dessa luz do mundo que todos estamos buscando”.

Ao despedir-se, Leão XIV concedeu a bênção aos jovens e acrescentou: “Nos encontramos em Tor Vergata! Tenham uma boa semana!”

O Jubileu dos Jovens se estenderá até o próximo domingo, 3. Estimativas do Vaticano apontam para 500 mil jovens inscritos oficialmente no evento, provenientes de 146 países. No sábado, 2, haverá a vigília com o Papa na Universidade Tor Vergata e, no mesmo local, no domingo, 3, ele presidirá a Santa Missa. 

Notícias Relacionadas

• 

  Papa reza para que as sociedades saibam evitar conflitos

• 

  Papa aos jovens: vivam o Jubileu, anunciem o Evangelho e sejam santos

• 

  Especialistas refletem sobre desafios de jovens para manter a esperança

• 

  Brasileiros se preparam para o Jubileu dos Jovens e encontro com o Papa

• 

  Peregrinos de 146 países são esperados para Jubileu dos Jovens

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.