Mais um evento jubilar movimenta a cidade de Roma. Começou, nesta sexta-feira, 24, o Jubileu das Equipes Sinodais e dos Organismos Participativos, que segue até o fim de semana. A programação deste primeiro dia foi acompanhada pela nossa equipe na capital italiana.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
Mais uma vez, os participantes da Assembleia Sinodal estão reunidos no Vaticano, desta vez para celebrar o Jubileu dedicado a eles. De hoje até domingo, cerca de 2.000 membros das equipes sinodais e de organismos da Igreja, como os conselhos presbiteral, pastoral e econômico, participam do encontro. É um momento importante para colocar em prática as orientações do documento final da 16ª Assembleia do Sínodo dos Bispos.
Na abertura o cardeal Mário Grech, o secretário geral do sínodo dos bispos, convidou os presentes a invocarem o dom Pascal do Paráclito, para que aqueça os corações, inspire transparência nos gestos e perfume as vidas com o Evangelho.
De acordo com a Santa Sé, o Jubileu das Equipes Sinodais e dos Órgãos de Participação representa o primeiro momento coletivo na fase de implementação, que é chamada a traduzir as diretrizes do documento final em decisões pastorais e estruturais consistentes com a natureza sinodal da Igreja. Ao mesmo tempo, o evento visa reconhecer o valioso serviço prestado por essas organizações e pelas pessoas que nelas trabalham, colocando a construção de uma Igreja cada vez mais sinodal no horizonte da esperança jubilar.
A abertura teve palestras sobre temas como as tensões na Igreja e a conversão dos relacionamentos. Mariana Aparecida Venâncio, da equipe sinodal da CNBB falou sobre a sinodalidade como profecia social. “No Brasil, como em tantos outros lugares do mundo, são muitos os ministros ordenados e os cristãos leigos e leigas, que são a presença da Igreja junto aos irmãos e irmãs que moram nas ruas, nas comunidades que têm sua rotina controlada pelo tráfico, junto aos povos originários que lutam pela demarcação de suas terras e sua consequente preservação. São muitos os que compreenderam o chamado do Papa Francisco ao ouvir o clamor da terra como um único clamor unido ao clamor dos pobres”, discursou Mariana.
Após as conferências, o Papa Leão XIV encontrou com os participantes na sala Paulo VI. Representantes de sete regiões apresentaram relatórios sobre os desafios e as mudanças adotadas em seus territórios para fortalecer a sinodalidade, seguidos de uma pergunta ao Santo Padre.
“As primeiras palavras que desejo dizer e que não são apenas para a Igreja na África, mas para todos nós, são, missão e ser missionário. O processo sinodal, como o Papa Francisco nos recordou em várias ocasiões, serve para ajudar a igreja a cumprir seu papel principal no mundo, ser missionária e anunciar o Evangelho”, disse o Santo Padre.
Amanhã, a programação inclui a peregrinação à Porta santa, momentos de partilha entre grupos de idiomas, além de oficinas e seminários. À noite haverá a vigília mariana na Praça São Pedro.
O jubileu termina no domingo com a missa presidida pelo Papa Leão XIV na Basílica Vaticana. O sínodo sobre a sinodalidade foi convocado pelo Papa Francisco em 2021 com o objetivo de promover a escuta e o diálogo em toda a Igreja.
Por uma Igreja sinodal, comunhão, participação e missão foi o tema da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em duas sessões: a primeira em outubro de 2023 e a segunda em outubro de 2024.
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