Jovens testemunharam o poder das palavras de Francisco
Por Daniel Machado de Assis
Enviado especial ao Rio de Janeiro
O encontro do Papa Francisco com a juventude, nesse sábado, 27, durante a vigília de oração, fará parte dos momentos inesquecíveis da história das Jornadas Mundiais da Juventude. As palavras do Pontífice tocaram profundamente o coração dos peregrinos presentes na Praia de Copacabana, que, a partir de agora, são chamados a se lançarem em águas mais profundas.
Logo após a vigília, colhemos alguns relatos destes jovens, que já fazem parte de um novo tempo na Igreja, chamados de “protagonistas na Igreja” pelo Santo Padre.
“Eu nem era muito de frequentar a igreja, mas aqui eu senti uma coisa diferente, senti que faço parte de algo muito maior. Vendo estes jovens que acreditam na mesma fé, pensei: ‘Já não posso mais ser indiferente’. Na vigília, vendo Jesus Sacramentado, ali no palco, mesmo distante, eu senti que Ele estava no meu coração”, testemunhou a paulista Thauani Sales.
No mesmo grupo de Thauani, está o jovem Rodrigo Almeida, o qual fez uma analogia com o fato de os jovens estarem na praia, junto ao Sucessor de Pedro, sendo chamados a ‘pescar’ outros jovens. “Papa Francisco é o Sucessor de Pedro, que, por sua vez, era pescador, e o fato de estarmos aqui hoje, nesta vigília, perto do mar, nos reporta ao convite de Jesus feito há dois mil anos: ‘Lançai as redes para águas mais profundas’. O sentimento que eu tenho aqui é de catolicidade. E como é bom viver isso!”, destacou o jovem.
“O que mais me tocou o coração foram as palavras do Papa, porque as coisas que ele mencionou tocaram a minha consciência; principalmente porque eu ficava muito preocupada com o que os outros iriam pensar de mim, me preocupava com a imagem corporal e não com o lado espiritual”, partilhou a mexicana Brenda Denisse, que veio com um grupo de 136 pessoas da cidade de Pueblos, México.
Josaine Rodrigues, que faz parte de um grupo de 28 pessoas de Belo Horizonte (MG), também afirmou se sentir tocada pelas palavras do Santo Padre durante a vigília. “Para mim, o que ficou de mais forte nas palavras do Papa foi que não devemos ser cristãos de nome, mas de fé e atitudes”, enfatizou a mineira, presente no Rio desde terça-feira, 23, e preparada para também dormir na praia. “Eu estou alojada aqui num apartamento, bem na orla, mas quando vi estes jovens aqui resolvi acampar. A vigília é o ápice desta jornada e eu não iria perder isso por nada! Quando vou viver isso novamente?”, concluiu a peregrina mineira.