Testemunho da missão

Jovens falam sobre a evangelização da juventude nas arquidioceses

Passo Fundo (RS), Belém do Pará (PA), Niterói (RJ) e Salvador (BA): arquidioceses do Brasil trabalhando em prol da evangelização dos jovens

André Alves
Da redação

“Queridos jovens, deixai-vos conduzir pela força do amor de Deus, deixai que este amor vença a tendência de fechar-se no próprio mundo, nos próprios problemas, nos próprios hábitos; tende a coragem de sair de vós mesmos para ir ao encontro dos outros e guiá-los ao encontro de Deus”. Essas são as palavras do Papa emérito Bento XVI em sua mensagem escrita para a Jornada Mundial da Juventude no Brasil.

Nas variadas regiões deste país, na tentativa de atender este apelo da Igreja, jovens católicos investem tempo na evangelização de outros jovens e testemunham como a missão acontece em suas arquidioceses.

A juventude do sul do Brasil

Davi_Passo Fundo

Davi Rodrigues, Arquidiocese de Passo Fundo (RS). (FOTO: Arquivo pessoal)

Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Davi Rodrigues, 21 anos, coordena o Setor da Juventude na arquidiocese local. Segundo ele, a cidade tem um perfil universitário, recebendo jovens da região que vão para lá a fim de estudar e investir na formação profissional. Também é uma cidade que convive com as dificuldades sociais, com a violência, principalmente entre os jovens.

No entanto, Davi destaca que Passo Fundo é um ambiente onde a juventude católica experimenta uma forte presença evangelizadora da Igreja, por meio dos diversos carismas. “Uma realidade bonita da arquidiocese, ao meu ver, são os carismas que ela tem com relação à juventude. Não podemos negar que aqui há jovens envolvidos nos mais diversos carismas”.

Estão presentes na arquidiocese de Passo Fundo o Movimento CLJ (Curso de Liderança Juvenil), o Cursilho Jovem, o Ministério Jovem da RCC, os Jovens Vicentinos, grupos de pós-crismas e Pastoral da Juventude.

“Praticamente todas as paróquias de Passo Fundo tem grupos de jovens, de um ou de outro movimento. Não me recordo agora de nenhuma paróquia que não tenha nada de grupo de jovens organizado aqui na Arquidiocese”, explicou Davi.

Para o jovem, a característica que mais representa a juventude da Arquidiocese de Passo Fundo é a pluralidade dos carismas. “Cada grupo, apesar de sermos a mesma Igreja e construirmos projetos juntos, têm seus carismas específicos. Os jovens daqui são extremamente apaixonados pelo projeto de Jesus e uma sede missionária de conquistas de outros jovens para este projeto”.

Na arquidiocese, os jovens se preparam para a JMJ na expectativa para o evento que, segundo Davi, será uma oportunidade para “engatar” a evangelização da juventude.

Belém do Pará e o esforço os jovens

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Heitor Ferro, Arquidiocese de Belém do Pará (PA). (FOTO: Arquivo pessoal)

Na Arquidiocese de Belém do Pará, nossa equipe conversou com o jovem Heitor, 24 anos, que também ressaltou a diversidade dos carismas presentes na Igreja local como uma das principais riquezas de fé dos paraenses. Além da Pastoral da Juventude, também colaboram na evangelização, as novas comunidades: Shalom, Canção Nova, Mar adentro e outras. A Articulação da Juventude Salesiana e Pastoral da Juventude Marista também fazem parte do Setor Juventude da arquidiocese.

“Há diferenças na pedagogia de evangelização, mas a JMJ fez com que nos uníssemos no ideal de evangelização da juventude. Somos diferentes, mas trabalhamos com o mesmo objetivo”, destacou Heitor.

O esforço dos jovens da arquidiocese, especialmente para estar na JMJ, é o que mais chama a atenção de Heitor. “Acompanhando as paróquias eu pude perceber a motivação e a vontade desses jovens para estar com o Papa Francisco. Isso é o que me motiva”.

Segundo Heitor, o foco da preparação para a JMJ está em motivar os jovens em vista do retorno a Belém, a fim de que deem testemunho de vida na paróquia e nas realidades onde vivem. Ainda segundo Heitor, serão mais de quatro mil jovens da arquidiocese paraense na Jornada Mundial da Juventude.

Arquidiocese de Niterói tem na alegria, sua principal força

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Bárbara Leal, Arquidiocese de Niterói (RJ). (FOTO: Arquivo pessoal)

De Belém para o Rio de Janeiro, estado sede da JMJ Rio2013. Conversamos com a secretária para assuntos da JMJ na Arquidiocese do Niterói, Bárbara Leal, 24 anos. Segundo ela, a juventude de Niterói também tem que lidar com as dificuldades sociais, assim como, com os desafios da evangelização de uma juventude que tem muitas propostas contrárias ao Evangelho de Cristo.

Ao mesmo tempo, Bárbara faz questão de ressaltar que a Arquidiocese de Niterói tem uma realidade eclesial de jovens bastante engajados. Atualmente, a juventude tem se dedicado muito aos trabalhos pastorais, e a Jornada tem unido os jovens na Igreja, num mesmo propósito.

O que mais chama a atenção de Bárbara nos jovens arquidiocesanos de Niterói é a alegria. “São jovens muito alegres, sempre dispostos, com grande fervor. Mas ao mesmo tempo, jovens que levam a sério a missão, sabendo que temos que levá-la à frente mesmo com as dificuldades, mas sempre com muita alegria. Os jovens daqui passam pra mim essa alegria de ser jovem de Deus”.

Niterói é uma das sub-sedes da JMJ, e Bárbara comentou com estão os preparativos para este evento. “A organização está caminhando, estamos nos últimos acertos de estrutura do evento, tanto em Niterói como nos municípios que vão acolher a Semana Missionária. Os jovens estão com muita alegria de coração, não só pra receber os peregrinos como também para participar da JMJ. É uma grande novidade para nós!”

“A JMJ está ressuscitando os jovens de Salvador”

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Márcio Matos, Arquidiocese de Salvador (BA). (FOTO: Arquivo pessoal)

“Em Salvador, a juventude é fiel, com a alegria própria do coração baiano e que busca colocá-la em prática também no campo da evangelização”. Foi o que afirmou Márcio Matos, da Arquidiocese de Salvador (BA), um dos responsáveis pelo Setor Juventude.

Segundo Márcio, após um levantamento feito nas paróquias da arquidiocese, constatou-se um “esfriamento” por parte dos grupos, no ano passado. “Estavam muito frios, uma juventude sem brilho, morna e sem vida. Então, nosso bispo percebeu que a Jornada seria um grande potencial para levantar a juventude da arquidiocese”.

Mas hoje essa realidade mudou na Arquidiocese de Salvador. “Sabia que Jornada era algo muito bom, mas hoje ela é muito melhor. A JMJ está deixando um legado para nossa juventude maravilhoso. Está ressuscitando. Hoje a participação nas paróquias é intensa”, disse Márcio, com entusiasmo.

O jovem destaca a criatividade dos soteropolitanos como sendo a principal característica da juventude na Arquidiocese de Salvador. “No trabalho com os preparativos para a JMJ eu percebi, algo que me deixou muito surpreso: o tamanho da criatividade que a juventude da nossa arquidiocese, motivada, foi capaz demonstrar. Pegando essa criatividade e colocando em prática na evangelização, foi fantástico. Muitos talentos foram descobertos.”

Na Arquidiocese de Salvador, cerca de dois mil jovens irão ver o Papa Francisco. São 111 paróquias e, segundo Márcio, praticamente todas elas estão mobilizadas para levar representantes à Jornada. “Isso nos dá uma alegria muito grande. É a prova do bem que Deus está fazendo para o Brasil e para nossa arquidiocese”.

Você na JMJ!

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