Disposição em peregrinar

Depois de três horas de peregrinação, jovens chegam à praia de Copacabana

Oração, sol e chuva fizeram parte do percurso

Luana Oliveira
Enviada especial ao Rio de Janeiro 

A peregrinação faz parte da Jornada Mundial da Juventude. Nela, os jovens buscam superar os desafios da caminhada como cansaço, sol e chuva para se encontrar com o Papa na Vigília.

No Rio de Janeiro, isso não foi diferente. Jovens de várias nacionalidades partiram da Central do Brasil até a praia de Copacabana num percurso de, no mínimo, três horas, a uma distância de 9,5 quilômetros.

Jovens iniciam peregrinação até a Praia de Copacabana

Jovens iniciam peregrinação até a Praia de Copacabana. Foto: Wesley Almeida

Para a cuiabana Simone Pestaro, 27 anos, os momentos que tem vivido, durante a JMJ, são de perseverança: “Estou cansada por tudo que vivi na JMJ, pois já passei por chuva e frio. Mas, ao participar desta peregrinação, sinto-me renovada em minha fé, pois acredito em um mundo melhor”, afirmou a jovem que, pela primeira vez, caminha uma distância tão grande. “Vim de uma cidade pequena, não é comum andar tanto”, conta ela.

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No percurso, algumas ruas do centro do Rio de Janeiro foram fechadas para que os peregrinos pudessem andar com tranquilidade. Sendo assim, os jovens tinham sinal verde para caminhar pelas ruas onde, costumeiramente, trafegam os carros.

Jovens de todas as idades fizeram questão de participar da caminhada, como é o caso do amazonense aposentado, de 48 anos, José Adilson. Enquanto caminhava, ele rezava o terço com seus amigos. “Lutamos muito para estar aqui e queremos chegar ao objetivo desta Jornada, que não são apenas esses nove quilômetros, mas sim a busca de uma espiritualidade e vivência de fé”, contou ele. José Adilson também disse estar encantado com as diversas nações que estão na Cidade Maravilhosa.

Atravessando os bairros de Botafogo e Flamengo, os jovens se maravilhavam com as belezas naturais do Rio de Janeiro como o Pão de Açúcar e o Corcovado, dois cartões postais perfeitos que serviram como pano de fundo durante a caminhada.

Nem a chuva desanima os peregrinos. Foto: Wesley Almeida

Nem a chuva desanima os peregrinos. Foto: Wesley Almeida

Padre Luciano, da diocese de Curitiba (PR), participa, pela primeira vez, de uma Jornada. “Os jovens precisam dar sentido ao que estão vivendo, precisam atentar-se ao misticismo, à espiritualidade desta caminhada e colocar como foco principal Jesus Cristo, pois é no caminho que Ele deseja se revelar a nós como os discípulos de Emaús”.

Ao som de músicas ou na oração do terço, os jovens seguiam em frente, mesmo com a chuva que caia quando estes passavam pelo Aterro do Flamengo, onde havia uma parada para a retirada do kit de alimentação para o restante da Jornada.

A carioca Madeleine Oliveira, 22 anos, ao faltar apenas um quilômetro para o término da peregrinação, disse que o fato de vir em grupo e rezando fez com que o percurso não fosse tão cansativo: “Eu esperava que fosse mais difícil, mas como viemos juntos, uns foram dando força para o outro”, contou a técnica de enfermagem que completou: “Não podemos desanimar no caminho, precisamos ser perseverantes!”.

Ao final do percurso, o estudante Pedro Henrique comemorava: “Foi uma experiência muito boa! Somos como o povo de Deus que caminhou rumo à Terra Prometida, estamos atualizando isso!” O jovem de 21 anos não vê como peso o trajeto que percorreu: “A sensação que tenho é que o sacrifício é pequeno perto do que Jesus fez por nós”.

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