Em um encontro com cerca de 20 mil voluntários que trabalharam na JMJ, o Papa citou duas condições para a esperança do futuro: a memória e a coragem do presente
Monique Coutinho
Da redação
Antes de voltar para o Vaticano após a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco encontrou-se com cerca de 20 mil voluntários que trabalharam no evento. A eles, o Santo Padre deixou sua palavra de agradecimento.
“Quero agradecer a vocês voluntários, bem feitores. Quero agradecer as horas de oração, porque eu sei que essa Jornada aconteceu devido a muito trabalho e oração. Obrigada aos voluntários que dedicaram seu tempo (…) Obrigada também aos sacerdotes que nos acompanharam. Obrigada as religiosas, aos consagrados, e obrigada a vocês que se envolveram nessa aventura, com a esperança de chegar adiante.”
Eis que o Papa lança uma pergunta aos jovens: “querem ser a esperança para o futuro?”. Ao responder que sim, Francisco afirma que para isso acontecer, é necessária duas condições: a memória de um passado e a coragem do presente.
“Memória do passado das pessoas, da família, de toda a história (…) Memória de um caminho andado, memória do que recebi dos meus antepassados. Um jovem desmemoriado não é esperança para o futuro.”
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Francisco acrescenta dizendo que se querem ser a esperança do futuro, é necessário conversar com os pais, sobretudo, os avós. “Me prometem que para preparar Panamá, vão falar mais com seus avós? Pergunte-os, pois eles são a sabedoria de um povo. Para fazer esperança, a primeira condição é a memória. Vocês são a esperança para o futuro.”
Após citar a memória, o Santo Padre indica a segunda condição: ter coragem, ser valente!
“Escutamos o testemunho de despedida desse nosso companheiro, que era para estar aqui e não chegou, mas a sua coragem de seguir lutando na pior condição fez esse jovem ser exemplo de esperança para os outros.”
Ao concluir, Francisco frisou: “memória do que passou, coragem e valentia para o hoje.” Após essas palavras, rezou uma Ave-Maria com todos ali presentes e os abençoou.