Em entrevista, Gleison Souza comenta expectativa e preparativos para próxima edição da Jornada Mundial da Juventude na Coreia do Sul
Da Redação, com Agência Ecclesia
Foto: Jornada Mundial da Juventude
O secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Gleison de Paula Souza, afirmou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Seul 2027 será uma oportunidade para o diálogo com outras religiões.
Em entrevista, o secretário destacou que esta será a primeira JMJ realizada em um país onde o número de católicos é inferior ao das outras religiões. “É uma oportunidade, eu vejo isso como uma oportunidade de diálogo, de fraternidade, de comunhão”, manifestou.
Souza expressou ainda sua crença de que a mensagem desta edição da Jornada será de “viver juntos em harmonia e serenidade”. Desde já, a Igreja coreana tem “tentando envolver todos os atores da sociedade civil, de outras religiões, para serem também protagonistas”.
O secretário falou ainda sobre o desejo de a JMJ Seul 2027 acolher jovens da Coreia do Norte, apesar das relações tensas entre os dois países. “Esse é um sonho que eu tenho a certeza que o Comitê Local procurará trabalhar sobre isso. Nós ainda não temos informação em relação ao tema, mas vamos continuar em oração para que tudo vá para esse caminho, que dê tudo certo”, afirmou.
Conexão Lisboa-Seul
Na sequência, Souza recordou a última edição da JMJ, que ocorreu em Lisboa, em 2023. “Foi uma experiência espetacular para os jovens, para o Papa, para o nosso dicastério”, assinalou, recordando que os símbolos da JMJ – a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus populi romani – já foram entregues aos jovens sul-coreanos.
“A nova missão é que comecem a preparar-se. Comecem a preparar-se para acolher os jovens do mundo todo, acolherem os jovens de Portugal, acolherem os jovens da América Latina, da Ásia, de um modo especial, e da Europa, para anunciar Cristo vivo. Cristo vivo, que quer transformar as vidas”, incentivou o secretário.
Ele também exortou os jovens a não terem medo, mas coragem para enfrentar as dificuldades do dia a dia com a ajuda do “Cristo vivo, que quer transformar as vidas, Cristo vivo, que quer nos dizer que não temos que ter medo”.
Tecnologia
Questionado sobre o elevado desenvolvimento tecnológico da Coreia do Sul, Souza salientou que o mundo digital “é um novo lugar de evangelização” e “de missão”, apelando aos jovens do mundo inteiro e do país que receberá a próxima JMJ a trabalhar nele. “Devem tentar utilizar este novo campo para evangelizar, para apresentar o testemunho de Cristo para os outros jovens”, explicou.
Em relação ao desenvolvimento da inteligência artificial, Souza frisou que a função da Igreja é “apresentar a todos os fiéis do mundo, essa maturidade, não só para distinguir o que é verdade ou não é verdade, mas a maturidade de experimentar a verdade que é Cristo com muita tranquilidade, com muita sabedoria, saber distinguir aquilo que é realmente a mensagem de Cristo”.
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