O esporte na vida de João Paulo II

Além do interesse pelas artes, João Paulo II manifestava apreço pelo esporte

Jakeline Megda D’Onofrio
Da Redação

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Papa João Paulo II nas montanhas; o Pontífice gostava de esquiar / Foto: Arquivo

Além do interesse pelas artes e da religiosidade intensa, o esporte esteve entre as paixões de João Paulo II. Ao longo de sua vida, Karol Wojtyla praticou esportes e enriqueceu o mundo esportivo com reflexões de valor cultural e religioso. Não foram poucas as vezes que fez suas saídas “clandestinas” do Vaticano para esquiar nas montanhas da região de Abruzzo.

Para as férias do inverno, o Papa costumava escolher esse destino, mostrando seu amor pela natureza e pelo esporte. Ele mesmo afirmou: “é necessário escutar a voz da natureza, para transformar a oração em admiração, como o cume de uma montanha forçada a olhar a outra”. Hoje, o monte mais alto do Gran Sasso leva o seu nome, como se João Paulo II estivesse olhando e protegendo-o lá do alto.

Wojtyla jogava futebol na equipe juvenil de Wadowice. Era tão bom jogador que lhe chamavam “Martyna”, um jogador de futebol célebre na época. Fazia excursões às montanhas, nadava nas águas do rio Skawa, escrevia poesia, compunha canções e também gostava de dança.

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O esporte era uma das paixões de João Paulo II / Foto: jpII.org.br

Em 1948, depois de voltar para a Polônia, foi enviado por sete meses a uma pequena paróquia em Niegowic perto de Cracóvia. Então, foi um dos pioneiros do estilo pastoral “turista” para os jovens da paróquia de São Floriano, em Cracóvia, onde andava de caiaque com os jovens e também frequentava as montanhas.

Testemunho de esportista

A paixão pelo esporte, atrelada à religiosidade que marcou João Paulo II, ainda se reflete no mundo esportivo atual. Este é o caso do jogador de futebol Elano Blumer, que, atualmente, está no Flamengo. Ele conta que a oração e sua relação com Deus ocupam o primeiro lugar em sua vida.
“Não vejo o meu trabalho e a minha vida sem as minhas orações. Não tem como viver sem a oração, seja qual for o sentido da vida, seja um esportista, um trabalhador normal, uma pessoa que tem sua vida, seu trabalho, seus problemas”.

Elano diz que procura levar à sua rotina diária a fé e a vivência cristã que aprende a cada dia. Ele conta que já conhecia alguns aspectos da vida de João Paulo II, mas agora pôde saber um pouco mais sobre a paixão do Pontífice também pelo esporte. “A gente vê a importância que nós temos, tentando seguir o exemplo que ele (João Paulo II) nos pede, que, com certeza, será um caminho de muita fé e solidariedade a todas as pessoas”.

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O jogador Elano Blumer comenta a importância da religiosidade também na vida esportiva / Foto: Arquivo

O jogador acredita que também o esporte é um caminho para levar Deus às pessoas. Ele admite que há dificuldades diárias, principalmente nas situações com adversários e a necessidade de um bom resultado.

“Mas a gente, dentro da dificuldade, tem de colocar essa prática em evidência, e eu acredito que o nosso querido João Paulo II fazia isso com muita beleza. Então, com certeza, nós colocamos Deus em toda situação, principalmente dentro das nossas dificuldades com o esporte”.

João Paulo II ensinava que ter tempo para si mesmo e praticar esporte é fundamental para uma vida de fé. O jogador Elano comenta que, quando alguém se decide por um caminho com Deus, precisa buscar os exemplos bons e procurar praticar esse aprendizado no dia a dia.

“Eu tenho tentado isso, dentro das minhas limitações como ser humano, porque eu também erro, procuro pedir perdão no mesmo momento. Então, temos de viver o dia a dia, tentar viver como o Papa João Paulo II se refere dentro do esporte para nós: praticando-o, entendendo-o e respeitando-o.”

Fontes de informação: Livro “Uma Vida de Santidade” (Padre Roger Araújo), “A vida de Karol Wojtyla” (Renzo Allegri) e blog CN

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