.: NA ÍNTEGRA: Apresentação de padre Juan Carlos
Para a Pastoral da Vida, os principais objetivos são "as crianças por nascer, as crianças mortas pelo aborto, as mães grávidas, os idosos, os doentes em estado terminal, os embriões congelados, as crianças manchadas pela pornografia, os matrimônios atacados pela cultura antinatalista. Essa pastoral é necessária para a vida da Igreja", destaca padre Juan Carlos.
Por isso, é preciso trabalhar em conjunto, criando, nas dioceses, Comissões pela Vida, que são um "sinal pastoral muito importante".
O sacerdote também falou sobre uma "tríade diabólica", que se concretiza através dos seguintes passos:
1º – imoralidade sexual, ideologia de gênero, pornografia, através dos meios de comunicação social, da pansexualização da cultura, dos chamados "direitos sexuais e reprodutivos", da informação sexual imoral e de movimentos GLBT;
2º – uso disseminado de anticoncepcionais, preservativos e outros. Os jovens, especialmente, são pressionados a uma imoralidade sexual. Daí surgem a esterilização, a gravidez indesejada, as doenças sexualmente transmissíveis;
3º – aborto, como se fosse uma ideologia de planejamento familiar legal, com a chamada "educação para a saúde sexual e reprodutiva". Aí entram tanto o aborto cirúrgico quanto o químico, com suas consequências de infertilidade e até mesmo suicídio, por exemplo.
Segundo dados apresentados por padre Juan Carlos, cerca de 400 bebês são sacrificados por minuto no mundo através do aborto cirúrgico, mas o número é três vezes maior nos casos motivados por aborto químico.
No entanto, junto à denúncia, é preciso fazer o anúncio, claro e otimista, da vida. "O núcleo do Evangelho da Vida é o anúncio de um Deus vivo e próximo, que chama a uma profunda comunhão com Ele e nos abre para a esperança segura da vida", ressalta o sacerdote, elencando, a partir da Encíclica Envagelium Vitae, do Beato João Paulo II:
1 – O Evangelho da Vida é uma pessoa: Cristo Jesus;
2 – Toda vida humana é sagrada;
3 – Por ser sagrada, a vida humana é inviolável;
4 – O homem é responsável perante a vida;
5 – O valor incomparável de cada pessoa: a encarnação do Cristo;
6 – O homem adquire dignidade quase divina com a morte de Cristo;
7 – Cristo revela o autêntico sentido da vida humana;
8 – O sangue de Cristo é o maior motivo de esperança;
9 – O que significa não matar e suas implicações éticas concretas;
10 – Em particular sobre o aborto;
11 – Consequências da cultura da morte no âmbito político.
"Por isso, é preciso reforçar a formação da consciência moral dos fiéis, baseada na Lei de Deus e na Doutrina da Igreja. Para o relativismo moral, precisamos de argumentos sólidos e claros. Nossos fiéis não querem nem opiniões, nem ambiguidades, querem certezas, querem a verdade", afirma padre Juan Carlos.
Algumas das iniciativas pastorais concretas sugeridas são:
– Educação sobre sexualidade humana para crianças e jovens, fomentando a castidade;
– Pregação: denúncia da tríade diabólica da educação sexual imoral, anticoncepção e aborto;
– Criação dos Centros de ajuda para a mulher;
– Divulgação entre famílias e casais cristãos da paternidade responsável, com pessoas capacitadas e treinadas nos métodos naturais. A Pastoral da vida está intimamente relacionada com o grande esforço pela pastoral da família;
– Implementação de centros de acolhida para mulheres grávidas que foram abandonadas;
– É essencial promover uma pastoral sanitária, especialmente com os profissionais da saúde;
– Visita às maternidades e também aos idosos abandonados;
– Formação de voluntários para este trabalho;
– Formação de grupos pró-vida de jovens;
– Dar importância à Pastoral Universitária Católica, que tem grande influência.
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